Fala da (garota).
Ele era o homem da
minha vida. E naquele dia lindo, ensolarado, o meu sonho se realizaria. Louis
Tomlinson, meu noivo, estava me esperando no altar, entre alguns minutos se
tornaria o meu marido. Quatro anos de namoro, vivíamos muito próximos – apesar
dos shows que fazia com a boyband One
Direction – orgulho, um enorme orgulho eu tinha do meu amor - a banda havia
acabado em alguns meses, era um arraso para todos os integrantes, porem, sempre
mantinham a ligação de amigos e irmãos,
desde o começo. Era um amor lindo de se ver.
Eu estava nervosa,
meu estômago dava voltas como uma roda gigante, e a minha cabeça estava
explodindo. Eu admirava o meu vestido de noiva – sim, era como eu sempre sonhei
– ele era gigante, de tule – eu acho – nunca entendi muito bem dessas coisas, e
o nervosismo não ajudava em reparar nos pequenos detalhes, e ate mesmo nos
grandes, só sabia que lindo ele era, ou melhor, perfeito. Já estava na hora,
uma limousine estava me esperando, estava repleta de paparazzi, então arrumamos
um jeito de ninguém me ver antes da hora, e conseguimos entrar no mesmo. Eu
estava acompanhada do meu pai e da minha irmã.
Fim da fala da
(garota). Começo da fala de Louis.
Eu estava
completamente nervoso, minhas mãos soavam, e minha boca secava, a minha garganta e o meu estômago queimava como se eu
estivesse tomado algo quente pra caramba. Naquele momento eu estava sentindo o
que um noivo sente na frente de um altar, esperando a sua princesa aparecer na
porta que está metros longe de você, e o nervosismo e a ansiedade te dominar. Era
uma coisa incrível, e única.
Esperando-a, o tempo
não passava nem um segundo. A igreja estava completamente linda, havia arranjos
de rosas brancas no corredor, e outros tipos de flores com o mesmo tom. Era a
sua cara, impossível de dizer que não foi a (garota) que havia preparado tudo
aquilo. Pensando em como ela estaria, levei um susto quando olhei na porta.
Minha princesa, minha alma gêmea estava lá, vindo em minha direção – meu deus,
ela estava absurdamente linda.
Fim da fala de
Louis. Começo da fala da (garota).
- Louis ... O que
aconteceu aqui ?! – Havia se passado cinco meses depois do nosso casamento, eu
e ele estávamos nos acostumando com a convivência, e a divisão entre duas
pessoas – e não, não era fácil conviver com Louis Tomlinson e sua bagunça – Lui,
por que você não tirou essa toalha de cima da cama? E não guardou os sapatos no
guarda roupa, invés de ficar aqui ? Ah, e por que tem cueca suja em cima da pia
do banheiro ? – eu realmente amava suas bagunças.
- Amor não fique brava, eu te amo e é isso que
importa. Daqui a pouco eu arrumo tudo isso, ok ? – ele disse subindo as
escadas, enquanto eu estava encostada no batente da porta do nosso quarto, esperando ele me
dar um beijo (como de costume).
Lui me deu um beijo,
e disse eu te amo no pé do meu ouvido esquerdo – ai, ele era com certeza o amor
da minha vida, eu ficava brava, mas com ele era praticamente impossível brigar,
ou fazer arrumar as suas badernas.
Eu apertei sua bunda
com tanto gosto que ele resmungou por ter doído – meu deus, que bunda ...
- Te amo também
amor. Mas por favor me ajuda a arrumar a sua desorganização ? – eu disse
olhando em seus olhos e dando um sorriso, e ele me devolveu com uma cara de
desanimo pedindo piedade, ou algo do tipo.
- Poderíamos sair,
sei lá, ir ao shopping, e comer algo fora. Já que você não nasceu para cozinhar
... – Louis deu um sorriso, e ao mesmo tempo um beijo suave na minha pequena
boca.
- Ok. Eu não cozinho
bem, mas sou eu que arrumo as suas coisas, sou eu que organizo essa casa,
porém, te amo – apertei suas bochechas e lhe devolvi o beijo.
Fim da fala da
(garota). Começo da fala de Louis.
A nossa vida era tão
linda, e tão repleta de amor que até incomodava pessoas infelizes que passariam
ao nosso lado. Nunca ligávamos para o que as pessoas pensavam a nosso respeito,
nossa casa era uma bagunça sim, mas era cheia de amor, cheia de carinho, e era
só nela, apenas nela e com ela, que encontrei as minhas diferenças, a minha
organização.
(garota) estava se
arrumando para irmos em algum lugar para refrescar a memória e comer algo
melhor que a sua comida (eu amava como ela tentava se encontrar na cozinha).
- Vamos logo amor !
Estou com fome. Você é linda de qualquer jeito, não precisa se arrumar tanto
... – Eu disse, com o tom indo em direção ao andar de cima.
Ela desceu as
escadas com uma rapidez que quase me derrubou. Peguei em suas mãos e a rodei.
Ela estava linda – se existi perfeição, eu a encontrei, e era ela, minha
mulher, futura mãe dos meus filhos. A mesma estava vestindo um vestido preto
com duas listras abaixo da cintura, uma sandália marrom de veludo, e a sua
bolsa predileta de couro preta.
Fim da fala de Louis. Começo da fala da
(garota).
- Oi. Demorei muito ? - Eu disse.
- Não. Você esta linda – Ele disse me dando
um beijo no rosto, e me puxando pela mão em direção a porta.
Entramos no carro, e fomos para um restaurante
bem conhecido em Londres. Comemos a beça, sem parar, até estufar. Rimos a tarde
inteira, passeamos por todos os cantos da cidade. Durou horas o nosso passeio, havíamos saído de casa umas 13:15 e já era 18:47.
- Precisamos ir ... – As palavras se apagaram
em minha boca, eu fiquei fraca, e Lui rapidamente percebeu a minha reação. Estávamos andando perto de uma praça a céu aberto,
a noite estava mais escura como de costume, e o calor já estava indo embora
conforme o tempo passava. Lui me pegou por trás, e me colocou para sentar em um
banco que estava perto de nós dois.
- O que você esta sentindo ? - Louis
perguntou, me olhando com a feição de preocupação.
- Eu ...
– respirei fundo tentando buscar ar e força para terminar a fala – Eu
não sei o que esta acontecendo comigo, acho que a minha pressão caiu, ou foi a
comida que não me fez muito bem.
- É ... As vezes pode ser, mas acho melhor
você ir no médico, para ele dizer se foi isso mesmo.
- Não amor, ta tudo bem. Senti o que todo
mundo já deve ter sentido alguma vez na vida. Eu estou bem não se preocupe, ta
bom ? – Eu disse.
- Ta bom. Mas então vamos embora – Lui me
pegou no colo, e eu sorri com o seu exagero e preocupação.
- Louis não precisa de tanto, não estou
morrendo.
- Não importa, eu vou te levar ate o carro,
assim. Duvido que você não adora quando te carrego no colo, e mimo.
- Sim, eu adoro !
Chegamos em casa questão de minutos. Lui
estava tão preocupado que arrumou toda a sua bagunça que estava no quarto e
me deitou na cama com todo amor e
delicadeza.
- Te amo. Você está bem, não está ? - Ele
disse deitando ao meu lado me encarando com os olhos mais lindos do mundo.
- Estou. Obrigado por estar aqui ao meu lado,
te amo tanto, que não consigo pensar em você longe de mim.
- E não vamos ficar longe, nunca. Eu prometo
– Louis me deu um beijo no nariz como um sinal de carinho e afeto – sempre amei
essa forma de expressar o que sente.
Eu estava completamente mal, a vontade de
vomitar era grande. Levantei rapidamente da cama e fui direto ao banheiro – Lui
estava lá embaixo, e era bom que ele não visse o meu estado – Aquilo era horrível, não sei porque isto estava acontecendo comigo. Estranho.
Meu deus, não ! Eu não poderia, estar grávida.
Saí do banheiro, e fui direto ao nosso escritório que era ao lado do quarto.
Pesquisei em tudo que era site os sintomas de uma mulher grávida. Minha menstruação havia atrasado a uns quinze
dias, meu corpo estava estranho, e eu sentia fome fora de hora, e ao mesmo
tempo enjoos.
Então falei para o Louis que precisava
comprar pães, e comprar mais algumas coisas que estava faltando. Depois de um
questionário de meia hora (para saber se eu estava bem), Lui me deixou sair.
Comprei um daqueles testes de farmácia, e seguindo as instruções fiz o que
mandava.
Será que eu estaria grávida mesmo ? Não, não
pode ser. Porém, Lui estava louco para ter um filho, mas eu sempre dizia para
ele, que era a hora errada, eu estava terminando a faculdade, e ele se
enganchando no rumo de cantor, e tudo mais.
As lágrimas dominaram o meu rosto quando eu
vi o resultado – eu estava grávida, uma coisinha pequena estava crescendo
dentro de mim, e era o fruto do nosso
amor. Desci as escadas e fui direto a cozinha onde Louis estava – respirei, e
disse logo de uma vez.
- Louis, amor, eu ... Eu estou grávida ! - As
lágrimas estavam ainda vivas em meu rosto.
- Não ! Meu deus ! Você está falando sério ?
Eu vou ser pai ? Nós vamos finalmente encher essa casa de mini Louis
Tomlinsoninhos ? – ele me abraçou com muita força, a sua felicidade me
contagia, a nossa felicidade nos contagia. Eu agarrei minhas pernas por trás de
suas costas quando ele me pegou no colo.
- Amor ! Será que vai ser menina ou menino ?
- Eu peguntei sorrindo, olhando em seus olhos.
- Não sei. Não sei. Ai meu deus, não acredito
! Obrigado por fazer o meu sonho se realizar, eu vou ser pai, e você vai ser
mãe. Eu vou chorar – Ele sorriu, e eu gargalhei com as suas palavras emboladas.
Ele pegou o seu celular imediatamente e ligou
para todos, Harry, Zayn, Liam, Niall, entre muitos outros, dizendo que iria ser
pai e que eu estava grávida. Eu fiz o mesmo, disse para as minhas amigas, e
para a minha família que havia voltado para o Brasil, logo após o nosso
casamento.
Fim da fala da (garota). Começo da fala de
Louis.
Ela dormiu como um anjo, e eu não conseguia
fazer o mesmo, de tanta emoção que acabaria de acontecer – eu ia ser pai – Pai
? Não acreditava, era de mais para mim. Eu sonhava desde que a conheci, em ver
o nosso filho em seus braços, e ver a sua barriga crescendo e eu estar ali ao
seu lado para tudo. Era lindo, incrível, maravilhoso, um sentimento único.
Meses se passavam, o primeiro chute já havia
acontecido, e se repetia muitas vezes em um só dia. Comprávamos roupas, e os
seus quartos estavam quase prontos. Era uma menina, e um menino. (garota)
estava grávida de gêmeos casal. Havia até o nome, Johnny e June – tínhamos entrado em um acordo – ah, e quando teve o seu primeiro desejo – meu deus, ela
ficava estressada facilmente, chorava por qualquer coisa, e comia igual a uma
louca.
Fim da fala de Louis. Começo da fala da
(garota).
Lui estava ao meu lado sempre, fazia de tudo
para não me estressar, e quando eu chorava igual a uma manteiga derretida, ele
me consolava. Nossos filhos cresciam rapidamente.
- A meu Deus, chutou. Amor, Johnny vai ser
jogador de futebol, tenho certeza – Louis disse com as duas mãos em cima da
minha barriga cariciando-a e falando bobeiras.
- Não. Meu filho vai ser doutor – Sorri para
ele dando um beijo quente em sua boca.
- Te amo. Amo muito, amo de mais, amo maior
que tudo neste mundo. Amo como amo nossos filhos, amo como amo os meus pais,
amo como amo a minha família.
Um mês já tinha se passado, eu estava
prestes a ter os meus filhos, Lui estava ao meu lado naquele hospital escuro e
sem vida.
- Amor vai dar tudo certo – Ele disse com
mais medo do que eu.
- Ahan, vai sim.
Eu estava sentindo contrações – mas que dor
horrível – os médicos me colocaram na sala de parto me preparando para os meus
filhos chegar ao mundo logo. Louis entrou, pois ele queria acompanhar e segurar
na minha mão.
A dor me dominava, não tem como descrever uma
dor de um parto, doía tanto, que eu apertava a sua mão esquerda com tanta força
que até ele sentia o mesmo. As lágrimas escorriam nos meus olhos, e a vontade de que tudo
aquilo acabasse me descontrolava. Eu estava perdendo as minimas forças que
restavam. O médico me olhou nos olhos.
- O que foi doutor ? – Eu disse com
dificuldade.
- Você precisa ter forças, não pode parar – O
mesmo me respondeu.
Eu não aguentava eu não conseguiria mais, eu
iria morrer, não precisava ninguém me avisar ou olhar estranhamente em meus
olhos, eu estava sentindo, e eu sabia.
- Eu te amo Lui. Eu sei o que vai acontecer,
eu sinto – as minhas lágrimas escorriam como se estivessem fugindo, caiam
rapidamente de meus olhos, e escorriam ao lado sobre os lençóis. Louis olhou em
meus olhos chorando e me deu um beijo forte e cheio de amor.
- Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui não estou
?! Não chore, os nossos filhos vão nascer, e você vai vê-los crescer e a nossa
casa ficar cheia e repleta de crianças chorando por todo lado; e você iria
brigar comigo enquanto eu assistia futebol, e a minha bagunça estaria espalhada
pelo quarto todo. Eu iria até você, e diria “te amo”, e tudo ficaria bem. A sua
comida continuaria ruim, e os nossos filhos iriam crescer cheio de amor, e
carinho - ele sorriu.
Um choro dominou os nossos ouvidos, e June
havia acabado de chegar ao mundo, eu apertava a mão de Louis, e fazia força
para que Johnny o jogador, chegasse logo após a sua irmã – ela era a minha
cara, e ele, a cara de seu pai.
Fim da fala da (garota). Começo da fala de
Louis.
O filme passava em minha mente, tudo o que
tinha acontecido com nós dois, a primeira vez que á vi – ela tinha derrubado
chá em minha roupa e foi ali que tudo começou – me lembro quando o nosso beijo
aconteceu - na frente de sua casa depois de um passeio cheio de gargalhadas com
as minhas palhaçadas – e quando eu pedi ela em namoro, depois em casamento;
quando fiquei sabendo que iria ser pai, foi tudo com ela, em todos os dias. Eu
não poderia perde-la, eu não queria, eu não iria perde-la, eu sei que não.
Olhei em seus olhos, e estavam fracos. Minha
garota, minha mulher, estava indo, estava me deixando.
- Eu te amo, te amo muito, te amo de mais –
com as mãos agarradas nas minhas, olhou em meus olhos e disse:
- Promete que cuidara da nossa menina e do
nosso menino ? Eu te amo Lui, sempre vou te amar, nunca se esqueça disso.
Lágrimas escorrendo em meus olhos, abaixei a
cabeça e disse em seu ouvido :
- Prometo – Com os olhos fechados, ela deu
seu ultimo suspiro – meu amor se foi, e me deixou dois presentes; mas sua falta
me dói todos os dias que acordo e que não á tenho em meu lado. Eu a amo a cada
hora, e cada vez que olho em nossa filha e vejo ela, o seu sorriso, o seu
olhar, o seu cabelo ... Ela esta ali, ao nosso lado, e ao lado da nossa menina.
- Amor ? Eu estou aqui – era ela, ao meu
lado, em meu sonho, sorrindo, deitada, olhando em meus olhos – sorri, e dei um
beijo em sua boca quente e pequena, e abracei-a com tanta força.
- Eu te amo – Eu disse com tanta certeza e
amor.
E aquilo se repetia durante todos anos.
Enquanto os nossos filhos crescia e eu envelhecia, ela estava ali, todas as
noites, ao meu lado.