quarta-feira, 19 de junho de 2013

7- Imagine com Louis Tomlinson.

  Fala da (garota).
  Ele era o homem da minha vida. E naquele dia lindo, ensolarado, o meu sonho se realizaria. Louis Tomlinson, meu noivo, estava me esperando no altar, entre alguns minutos se tornaria o meu marido. Quatro anos de namoro, vivíamos muito próximos – apesar dos shows que fazia com a  boyband One Direction – orgulho, um enorme orgulho eu tinha do meu amor - a banda havia acabado em alguns meses, era um arraso para todos os integrantes, porem, sempre mantinham  a ligação de amigos e irmãos, desde o começo. Era um amor lindo de se ver.
  Eu estava nervosa, meu estômago dava voltas como uma roda gigante, e a minha cabeça estava explodindo. Eu admirava o meu vestido de noiva – sim, era como eu sempre sonhei – ele era gigante, de tule – eu acho – nunca entendi muito bem dessas coisas, e o nervosismo não ajudava em reparar nos pequenos detalhes, e ate mesmo nos grandes, só sabia que lindo ele era, ou melhor, perfeito. Já estava na hora, uma limousine estava me esperando, estava repleta de paparazzi, então arrumamos um jeito de ninguém me ver antes da hora, e conseguimos entrar no mesmo. Eu estava acompanhada do meu pai e da minha irmã.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  Eu estava completamente nervoso, minhas mãos soavam, e minha boca secava, a minha garganta  e o meu estômago queimava como se eu estivesse tomado algo quente pra caramba. Naquele momento eu estava sentindo o que um noivo sente na frente de um altar, esperando a sua princesa aparecer na porta que está metros longe de você, e o nervosismo e a ansiedade te dominar. Era uma coisa incrível, e única.
  Esperando-a, o tempo não passava nem um segundo. A igreja estava completamente linda, havia arranjos de rosas brancas no corredor, e outros tipos de flores com o mesmo tom. Era a sua cara, impossível de dizer que não foi a (garota) que havia preparado tudo aquilo. Pensando em como ela estaria, levei um susto quando olhei na porta. Minha princesa, minha alma gêmea estava lá, vindo em minha direção – meu deus, ela estava absurdamente linda.
  Fim da fala de Louis. Começo da fala da (garota).
  - Louis ... O que aconteceu aqui ?! – Havia se passado cinco meses depois do nosso casamento, eu e ele estávamos nos acostumando com a convivência, e a divisão entre duas pessoas – e não, não era fácil conviver com Louis Tomlinson e sua bagunça – Lui, por que você não tirou essa toalha de cima da cama? E não guardou os sapatos no guarda roupa, invés de ficar aqui ? Ah, e por que tem cueca suja em cima da pia do banheiro ? – eu realmente amava suas bagunças.
  - Amor não fique brava, eu te amo e é isso que importa. Daqui a pouco eu arrumo tudo isso, ok ? – ele disse subindo as escadas, enquanto eu estava encostada no batente  da porta do nosso quarto, esperando ele me dar um beijo (como de costume).
  Lui me deu um beijo, e disse eu te amo no pé do meu ouvido esquerdo – ai, ele era com certeza o amor da minha vida, eu ficava brava, mas com ele era praticamente impossível brigar, ou fazer arrumar as suas badernas.
  Eu apertei sua bunda com tanto gosto que ele resmungou por ter doído – meu deus,  que bunda ...
  - Te amo também amor. Mas por favor me ajuda a arrumar a sua desorganização ? – eu disse olhando em seus olhos e dando um sorriso, e ele me devolveu com uma cara de desanimo pedindo piedade, ou algo do tipo.
  - Poderíamos sair, sei lá, ir ao shopping, e comer algo fora. Já que você não nasceu para cozinhar ... – Louis deu um sorriso, e ao mesmo tempo um beijo suave na minha pequena boca.
  - Ok. Eu não cozinho bem, mas sou eu que arrumo as suas coisas, sou eu que organizo essa casa, porém, te amo – apertei suas bochechas e lhe devolvi o beijo.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  A nossa vida era tão linda, e tão repleta de amor que até incomodava pessoas infelizes que passariam ao nosso lado. Nunca ligávamos para o que as pessoas pensavam a nosso respeito, nossa casa era uma bagunça sim, mas era cheia de amor, cheia de carinho, e era só nela, apenas nela e com ela, que encontrei as minhas diferenças, a minha organização.
  (garota) estava se arrumando para irmos em algum lugar para refrescar a memória e comer algo melhor que a sua comida (eu amava como ela tentava se encontrar na cozinha).
  - Vamos logo amor ! Estou com fome. Você é linda de qualquer jeito, não precisa se arrumar tanto ... – Eu disse, com o tom indo em direção ao andar de cima.
  Ela desceu as escadas com uma rapidez que quase me derrubou. Peguei em suas mãos e a rodei. Ela estava linda – se existi perfeição, eu a encontrei, e era ela, minha mulher, futura mãe dos meus filhos. A mesma estava vestindo um vestido preto com duas listras abaixo da cintura, uma sandália marrom de veludo, e a sua bolsa predileta de couro preta.
Look para um passeio amoroso
  Fim da fala de Louis. Começo da fala da (garota).
  - Oi. Demorei muito ? - Eu disse.
  - Não. Você esta linda – Ele disse me dando um beijo no rosto, e me puxando pela mão em direção a porta.
  Entramos no carro, e fomos para um restaurante bem conhecido em Londres. Comemos a beça, sem parar, até estufar. Rimos a tarde inteira, passeamos por todos os cantos da cidade. Durou horas o nosso passeio, havíamos saído de casa umas 13:15 e já era 18:47.
  - Precisamos ir ... – As palavras se apagaram em minha boca, eu fiquei fraca, e Lui rapidamente percebeu a minha reação. Estávamos andando perto  de uma praça a céu aberto, a noite estava mais escura como de costume, e o calor já estava indo embora conforme o tempo passava. Lui me pegou por trás, e me colocou para sentar em um banco que estava perto de nós dois.
  - O que você esta sentindo ? - Louis perguntou, me olhando com a feição de preocupação.
  - Eu ...  – respirei fundo tentando buscar ar e força para terminar a fala – Eu não sei o que esta acontecendo comigo, acho que a minha pressão caiu, ou foi a comida que não me fez muito bem.
  - É ... As vezes pode ser, mas acho melhor você ir no médico, para ele dizer se foi isso mesmo.
  - Não amor, ta tudo bem. Senti o que todo mundo já deve ter sentido alguma vez na vida. Eu estou bem não se preocupe, ta bom ? – Eu disse.
  - Ta bom. Mas então vamos embora – Lui me pegou no colo, e eu sorri com o seu exagero e preocupação.
  - Louis não precisa de tanto, não estou morrendo.
  - Não importa, eu vou te levar ate o carro, assim. Duvido que você não adora quando te carrego no colo, e mimo.
  - Sim, eu adoro !
  Chegamos em casa questão de minutos. Lui estava tão preocupado que arrumou toda a sua bagunça que estava no quarto e me  deitou na cama com todo amor e delicadeza.
  - Te amo. Você está bem, não está ? - Ele disse deitando ao meu lado me encarando com os olhos mais lindos do mundo.
  - Estou. Obrigado por estar aqui ao meu lado, te amo tanto, que não consigo pensar em você longe de mim.
  - E não vamos ficar longe, nunca. Eu prometo – Louis me deu um beijo no nariz como um sinal de carinho e afeto – sempre amei essa forma de expressar o que sente.
  Eu estava completamente mal, a vontade de vomitar era grande. Levantei rapidamente da cama e fui direto ao banheiro – Lui estava lá embaixo, e era bom que ele não visse o meu estado – Aquilo era horrível, não sei porque isto estava acontecendo comigo. Estranho.
  Meu deus, não ! Eu não poderia, estar grávida. Saí do banheiro, e fui direto ao nosso escritório que era ao lado do quarto. Pesquisei em tudo que era site os sintomas de uma mulher grávida.  Minha menstruação havia atrasado a uns quinze dias, meu corpo estava estranho, e eu sentia fome fora de hora, e ao mesmo tempo enjoos.
  Então falei para o Louis que precisava comprar pães, e comprar mais algumas coisas que estava faltando. Depois de um questionário de meia hora (para saber se eu estava bem), Lui me deixou sair. Comprei um daqueles testes de farmácia, e seguindo as instruções fiz o que mandava.
  Será que eu estaria grávida mesmo ? Não, não pode ser. Porém, Lui estava louco para ter um filho, mas eu sempre dizia para ele, que era a hora errada, eu estava terminando a faculdade, e ele se enganchando no rumo de cantor, e tudo mais.
  As lágrimas dominaram o meu rosto quando eu vi o resultado – eu estava grávida, uma coisinha pequena estava crescendo dentro de mim,  e era o fruto do nosso amor. Desci as escadas e fui direto a cozinha onde Louis estava – respirei, e disse logo de uma vez.
  - Louis, amor, eu ... Eu estou grávida ! - As lágrimas estavam ainda vivas em meu rosto.
  - Não ! Meu deus ! Você está falando sério ? Eu vou ser pai ? Nós vamos finalmente encher essa casa de mini Louis Tomlinsoninhos ? – ele me abraçou com muita força, a sua felicidade me contagia, a nossa felicidade nos contagia. Eu agarrei minhas pernas por trás de suas costas quando ele me pegou no colo.
  - Amor ! Será que vai ser menina ou menino ? - Eu peguntei sorrindo, olhando em seus olhos.
  - Não sei. Não sei. Ai meu deus, não acredito ! Obrigado por fazer o meu sonho se realizar, eu vou ser pai, e você vai ser mãe. Eu vou chorar – Ele sorriu, e eu gargalhei com as suas palavras emboladas.
  Ele pegou o seu celular imediatamente e ligou para todos, Harry, Zayn, Liam, Niall, entre muitos outros, dizendo que iria ser pai e que eu estava grávida. Eu fiz o mesmo, disse para as minhas amigas, e para a minha família que havia voltado para o Brasil, logo após o nosso casamento.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  Ela dormiu como um anjo, e eu não conseguia fazer o mesmo, de tanta emoção que acabaria de acontecer – eu ia ser pai – Pai ? Não acreditava, era de mais para mim. Eu sonhava desde que a conheci, em ver o nosso filho em seus braços, e ver a sua barriga crescendo e eu estar ali ao seu lado para tudo. Era lindo, incrível, maravilhoso, um sentimento único.
  Meses se passavam, o primeiro chute já havia acontecido, e se repetia muitas vezes em um só dia. Comprávamos roupas, e os seus quartos estavam quase prontos. Era uma menina, e um menino. (garota) estava grávida de gêmeos casal. Havia até o nome, Johnny e June – tínhamos entrado em um acordo – ah, e quando teve o seu primeiro desejo – meu deus, ela ficava estressada facilmente, chorava por qualquer coisa, e comia igual a uma louca.
  Fim da fala de Louis. Começo da fala da (garota).
  Lui estava ao meu lado sempre, fazia de tudo para não me estressar, e quando eu chorava igual a uma manteiga derretida, ele me consolava. Nossos filhos cresciam rapidamente.
  - A meu Deus, chutou. Amor, Johnny vai ser jogador de futebol, tenho certeza – Louis disse com as duas mãos em cima da minha barriga cariciando-a e falando bobeiras.
  - Não. Meu filho vai ser doutor – Sorri para ele dando um beijo quente em sua boca.
  - Te amo. Amo muito, amo de mais, amo maior que tudo neste mundo. Amo como amo nossos filhos, amo como amo os meus pais, amo como amo a minha família.
   Um mês já tinha se passado, eu estava prestes a ter os meus filhos, Lui estava ao meu lado naquele hospital escuro e sem vida.
  - Amor vai dar tudo certo – Ele disse com mais medo do que eu.
  - Ahan, vai sim.
  Eu estava sentindo contrações – mas que dor horrível – os médicos me colocaram na sala de parto me preparando para os meus filhos chegar ao mundo logo. Louis entrou, pois ele queria acompanhar e segurar na minha mão.
  A dor me dominava, não tem como descrever uma dor de um parto, doía tanto, que eu apertava a sua mão esquerda com tanta força que até ele sentia o mesmo. As lágrimas escorriam  nos meus olhos, e a vontade de que tudo aquilo acabasse me descontrolava. Eu estava perdendo as minimas forças que restavam. O médico me olhou  nos olhos.
  - O que foi doutor ? – Eu disse com dificuldade. 
  - Você precisa ter forças, não pode parar – O mesmo me respondeu.
  Eu não aguentava eu não conseguiria mais, eu iria morrer, não precisava ninguém me avisar ou olhar estranhamente em meus olhos, eu estava sentindo, e eu sabia.
  - Eu te amo Lui. Eu sei o que vai acontecer, eu sinto – as minhas lágrimas escorriam como se estivessem fugindo, caiam rapidamente de meus olhos, e escorriam ao lado sobre os lençóis. Louis olhou em meus olhos chorando e me deu um beijo forte e cheio de amor.
  - Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui não estou ?! Não chore, os nossos filhos vão nascer, e você vai vê-los crescer e a nossa casa ficar cheia e repleta de crianças chorando por todo lado; e você iria brigar comigo enquanto eu assistia futebol, e a minha bagunça estaria espalhada pelo quarto todo. Eu iria até você, e diria “te amo”, e tudo ficaria bem. A sua comida continuaria ruim, e os nossos filhos iriam crescer cheio de amor, e carinho - ele sorriu.
  Um choro dominou os nossos ouvidos, e June havia acabado de chegar ao mundo, eu apertava a mão de Louis, e fazia força para que Johnny o jogador, chegasse logo após a sua irmã – ela era a minha cara, e ele, a cara de seu pai.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  O filme passava em minha mente, tudo o que tinha acontecido com nós dois, a primeira vez que á vi – ela tinha derrubado chá em minha roupa e foi ali que tudo começou – me lembro quando o nosso beijo aconteceu - na frente de sua casa depois de um passeio cheio de gargalhadas com as minhas palhaçadas – e quando eu pedi ela em namoro, depois em casamento; quando fiquei sabendo que iria ser pai, foi tudo com ela, em todos os dias. Eu não poderia perde-la, eu não queria, eu não iria perde-la, eu sei que não.
  Olhei em seus olhos, e estavam fracos. Minha garota, minha mulher, estava indo, estava me deixando.
  - Eu te amo, te amo muito, te amo de mais – com as mãos agarradas nas minhas, olhou em meus olhos e disse:
  - Promete que cuidara da nossa menina e do nosso menino ? Eu te amo Lui, sempre vou te amar, nunca se esqueça disso.
  Lágrimas escorrendo em meus olhos, abaixei a cabeça e disse em seu ouvido :
  - Prometo – Com os olhos fechados, ela deu seu ultimo suspiro – meu amor se foi, e me deixou dois presentes; mas sua falta me dói todos os dias que acordo e que não á tenho em meu lado. Eu a amo a cada hora, e cada vez que olho em nossa filha e vejo ela, o seu sorriso, o seu olhar, o seu cabelo ... Ela esta ali, ao nosso lado, e ao lado da nossa menina.
  - Amor ? Eu estou aqui – era ela, ao meu lado, em meu sonho, sorrindo, deitada, olhando em meus olhos – sorri, e dei um beijo em sua boca quente e pequena, e abracei-a com tanta força.
  - Eu te amo – Eu disse com tanta certeza e amor.
  E aquilo se repetia durante todos anos. Enquanto os nossos filhos crescia e eu envelhecia, ela estava ali, todas as noites, ao meu lado. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

6- Imagine com Zayn Malik.

 
  Fala de Zayn.
  Eu arrancava um sorriso de seu rosto quando mais precisava, mas naquele dia, frio, sombrio, e infeliz, eu não consegui  fazer nada, a não ser estar ao seu lado. Minha menina chorava, suas lágrimas escorriam em seu rosto branco como a neve, passava sobre sua boca pequena e vermelha, e caiam sobre os lençóis de minha cama. Ela estava lá sofrendo por um cara idiota que não sabia o quanto ela era especial. Deitada em meu colo, encolhida, como se o mundo fosse acabar, segurando firme em meu braço, que estavam abraçando-a por trás, soluçava sem parar.   
  Meus olhos estavam tristes como os dela – por que ela não deixava eu ama-la como nunca foi ? 
  Fim da fala de Zayn. Começo da fala da (garota).
  Eu estava lá, deitada em seu colo, chorando igual ao uma louca. Estava sofrendo por um idiota que na verdade não saberia se o amava, ou se era mais um melodrama da minha vida. Sim, Zayn estava lá, do meu lado, me abraçando, e sentindo o meu choro escorrer sobre nós, e  a minha dor se espalhar sobre o quarto. Mesmo com os meus defeitos, as nossas brigas e tudo mais; ele nunca teria feito, o que o idiota do Caleb estava me fazendo naquele momento – Caleb era o meu namorado – ou melhor, ex namorado.  Ele era um infeliz, o que tinha de lindo, tinha de ordinário. Decepções amorosas ? Sim ! Eu era a pessoa mais azarada em relacionamentos, que eu já havia visto em toda a minha vida.
  Zayn cariciava os meus cabelos longos e loiros, fazendo cachos nas pontas com o auxilio de seus dedos. Ele olhava nos meus olhos -  como nunca havia percebido ? – nascia um calor intenso entre nós dois, era um amor tão lindo, que eu até – não, não e não ! Ele era meu amigo, e sempre será meu amigo ! - ele me encarava mais ainda, e as minhas lagrimas desapareceram de meus olhos verdes e pequenos. Eu não chorava, e ele tinha esse dom maravilhoso, de estar ali, e me fazer bem novamente.
  - Zayn ... – Eu disse. Sem encara-lo – obrigado por estar aqui comigo. Estou bem – Disse com a voz baixa, e mentindo sobre o fato de estar bem.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Zayn.
  (garota) era assim; dizia que estava tudo bem, e que já havia passado, mas não, não havia passado, ela sentia algo em seu peito, pois eu também sentia, era como todos dizem “os opostos se atraem“, eu sabia quando ela estava bem, ou mal, de qualquer forma, olhar em seus olhos, saberia tudo. Éramos muito diferentes, mas era essa diferença que nos completava. Conheci ela em um show da One Direction, e depois, como uma fã fanática que ela é e sempre foi, nos encontramos por “acaso” na saída de um hotel, onde eu estava hospedado. Depois com um tempo, nos tornamos amigos, e ela praticamente mora comigo.
  - Pare de bobeira – Eu disse.
  - Zayn, não é bobeira. Eu simplesmente estou bem, e você sabe muito bem disso – Ela disse olhando em meus olhos, franzindo a testa.
  - Ok – não retruquei. Não queria  deixa-la ir para a sua casa, pois queria ela comigo naquela noite.
  Ela dormiu como um anjo, e aquilo me aliviava completamente. Gostava de como dormia, era como se ela estivesse sonhando algo bom, e sorria instantaneamente, com uma feição leve; e era por esse motivo que eu não dormia para observa-la.
  Fim da fala de Zayn. Começo da fala da (garota).
  Já era de manhã, acordei com o raio de sol passando pelos vidros da janela do quarto, atravessando as cortinas de sedas, e incomodando os meus olhos. Coloquei as mãos nos mesmos, me levantei da cama, e me arrepiei com o vento que fez os meus cabelos se movimentarem  – estava com um sol incomodante, e ao mesmo tempo, um vento estranho, e gelado.
  Desci as escadas sem nenhuma animação, quase escorregando sobre as escadas,  e decidir acabar dormindo ali mesmo – quase, mas não dormi – Zayn não estava em nenhum lugar, quando recebi uma mensagem no meu celular que estava em cima da mesa – “(garota), tive que viajar para resolver algumas coisas da banda. Te amo. Talvez eu volto amanhã de noite. Beijos minha menina. “
  - Poxa, tudo bem – Eu disse para eu mesma.
  Comecei a arrumar as minhas coisas, eu precisava ir para a escola urgentemente. Zayn havia deixado o despertador para me acordar, mas mesmo assim, estava atrasada – em poucos meses eu iria terminar o ano de estudos, e claro, fazer faculdade de Medicina, como sempre sonhei – comecei a me arrumar depois de um banho de 5 minutos; coloquei em cima da camiseta, uma blusa de frio básica, uma calça jeans, e o meu All Star predileto. Peguei a minha bolsa, o meu celular, desci do elevador e fui  para o meu carro que estava estacionado em frente ao prédio dos garotos da 1D – amava ver a carinha linda do Harry todo dia de manhã, e de todos, claro.  
Look para a escola.

  - Zayn. É você ? – Já era de noite. Eu decidi ligar para ele, para perguntar se estava tudo bem, na verdade, eu queria era ouvir a sua voz, pois horas sem ver ele, era horrível.
  - Alô ? – Inferno! Era voz de uma garota, que por sinal bêbada – Zayn Malik estava em uma balada, ou havia acabado de transar com uma biscate que encontrou por aí.
  - Eu quero falar com o dono do celular, não com uma ... – Não vou insultar ela. Perder o meu tempo ? Por que ? – Olha querida, por favor, fala para o seu amiguinho Zayn Malik que eu liguei, e não, não pergunte quem é. Ele vai saber, ou não; pois deve estar muito ocupado.
  Desliguei o celular com tanta raiva, que a tela ficou meio embaçada com a pressão – ele não poderia fazer isso, enquanto eu estou aqui, ele esta em uma balada, ou sei lá o que. Meu sono estava me dominando, e então tentei ignorar o que havia acabado de acontecer, mas era impossível, estava passando em minha cabeça aquela voz, como uma gravação, que você escuta ate enjoar. Peguei as poucas peças de roupas que eu tinha no apartamento, coloquei em uma bolsa, e deixei um bilhete para o Zayn : “Posso estar enganada ou algo assim, mas você deveria me ligar, ou melhor, tinha que me ligar, lembrei de você, e imagine, uma garota atendeu. Te amo. Mas por favor, preciso esfriar a cabeça, eu estava precisando de você, e você não estava aqui, não sei o que exatamente aconteceu, mas se estou errada, te peço desculpas. – (garota)”.
  Fui para a minha casa – que não era muito longe da dele – que saudade estava dos meus moveis, da minha cama, e das minhas flores, que por sinal estavam bem cuidadas, pois Zayn dava uma visitinha, sempre que brigávamos – ele dizia que a minha casa era como a casa de sua avó, onde ele pensava mais, respirava mais, deixava-o livre para os pensamentos. Demorei horas ajeitando algumas coisas que estavam me incomodando, e depois de um dia estressante, enchi a minha banheira, deixei a mesma com bastante espumas, pois era nelas que eu me afundava quando mais precisava. Não saberia o que estava acontecendo, eu sentia ciúmes dele, sim, mas não de sair e não querer vê-lo. Me decepcionei, mas por que ? Ele tem a vida dele, e eu tenho a minha, não tenho o direito, e nem desculpa para ter ficado assim.
  Acabei pegando no sono dentro da banheira, estava quente, e aquela casa era tão vazia sem ninguém, eu estava me sentindo vazia – como posso amar, quando tenho medo de me apaixonar ? – Eu sonhei com ele, com uma pessoa que era tão próxima de mim, e ao mesmo tempo distante. Me levantei, me enxuguei, coloquei minha roupa para ir dormir, meu celular estava com 16 chamadas perdidas, era dele. Zayn me ligou 16 vezes consecutivas, e me mandou 5 mensagens, uma delas eu tive coragem de ler, e dizia : “One step closer. I have died every day waiting for you. Darling don't be afraid I have loved you for a thousand years I'll love you for a thousand more (a musica que eu adorava ouvir sair de sua boca). Não tenha medo, eu estou aqui, não vou te abandonar, mesmo que você queira. Precisamos conversar. Eu sei, você não vai ler todas as minhas mensagens, mas não importa, você sabe o quanto eu te amo. Eu te amei por mil anos. Eu te amarei por mais mil”.
  Aquilo ardeu no meu coração, como se eu estivesse caindo, e alguém me puxasse pelo braço, e este alguém fosse ele, Zayn Malik. A pessoa que eu mais confiava, o garoto mais lindo, por dentro, e por fora, e que aquele amor que eu sempre senti, estava acendendo em mim, ele me correspondia, e era naqueles olhos que eu mais confiava, em uma só palavra, em um só toque.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Zayn.
  Eu a amava, e só ela não via isso. Terei coragem, não deixarei nada leva-la embora. Não tive nada com a garota que atendeu o meu celular, só estávamos conversando. Eu estava em uma balada, fui egoísta, não pensei em perguntar se ela estava bem, ou algo do tipo. Mas eu a amo. Só precisava sair daqui, e ir atrás dela. Mas como sempre, a minha carreira me impedia, e isso me fazia fraquejar, e perder ela, cada dia mais.
  As horas passavam tão lentamente que isso me causava irritação. Ela não me ligou, não deu sinal de que se importasse, e isso me doía. E toda a minha duvida se vai de alguma maneira, a vontade de ficar no calor de seus braços era maior que tudo.  Já era de manhã, não dormi nem um minuto, sua falta me fazia mal; então peguei as poucas coisas que havia levado na viagem. Desci do prédio, e fui direto ao meu carro que estava no estacionamento. Harry estava em um café ali perto, e então, segui em direção ao local desejado.
  - Harry. Preciso falar com você – Eu disse sem hesitar – ele estava sentado em uma cadeira, dentro da cafeteria, perto de uma prateleira de livros, mexendo em seu celular.
  - Zayn ! O que foi? Aconteceu algo ? – Ele olhou para mim, que estava andando em sua direção.
  - Aconteceu ... – limpei a garganta, e prossegui nas palavras, que iriam explodir em segundos – Eu desisto. Amo estar com vocês, amo ter realizado o meu sonho, mas chega ! Não posso perdê-la, eu a amo de mais Harry, e isso já é o bastante pra parar.
  - Za ... – Harry começou, quando o interrompi.
  - Eu sei. Você ira dizer que é melhor esperar um pouco ate eu esfriar a cabeça, mas eu já esfriei, pensei nisso a noite inteira. Eu ... Eu desisto da banda, eu desisto dessa vida cheia de compromissos - virei as costas e entrei em meu carro. Harry levantou-se assustado, mas não me impediu de ir.
  Fim da fala de Zayn. Começo da fala da (garota).
  Já era de manhã. Havia dormido poucas horas, ele me fazia falta como ninguém. Queria acordar em sua cama como de costume, e poder ver ele me observando logo que amanhecesse. Eu queria ligar para o Zayn, mas não poderia, eu estava magoada, seus compromissos faziam me sentir sozinha, como se ele não se importasse. Ele não lembrou do meu aniversário do mês passado, não perguntava se eu estava com saudades da minha família - que esta no Brasil – mas eu sabia que esta era a vida dele, eu não poderia se quer, me intrometer, porem eu tenho sentimentos, e se sentir assim, cansa.
  Meu celular tocou enquanto eu estava me trocando para comprar algumas coisas que estava faltando na minha casa. Desci as escadas em um só pulo, pois estava esperando a ligação da minha mãe. Quando olhei na tela, estava chamando o numero do Zayn.
  - Alô ? Por favor (garota), não desligue na minha cara ! – Ele dizia depressa, como se o tempo fosse acabar.
  - Não vou desligar. Mesmo que eu queira – Eu disse com uma voz rude. Mas do outro lado, um sorriso largo se formou em meu rosto, e os meus olhos se encheram de lágrimas. Eu estava feliz por ouvir sua voz.
  - Peço que você me espere, pelo menos uns dois dias. Preciso terminar de resolver as coisas que apareceram por aqui. Por favor, não suma da sua casa, e muito menos da nossa casa. Eu te amo !
  Ele desligou, e me deixou com raiva, e confusa. Zayn me pede para esperar ? – isso mesmo ? – eu desliguei o celular, coloquei ele dentro da minha gaveta, pois não queria liga-lo nunca mais. Enfurecida, fui depressa em direção ao meu carro, e fiz as compras o mais rápido que pude. A minha vontade era de esganar ele, e de chorar ate morrer. Como pode fazer isso ?!
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Zayn.
  Eu liguei para ela. Iria fazer uma grande surpresa – ela adorava surpresas. Ainda mais inesperadas – cheguei no aeroporto, questão de poucas horas. Viajei uma hora de carro, e consegui chegar a tempo de preparar algo que á impressionasse. Passei em uma floricultura, comprei um buque de rosas vermelhas e brancas, ele era gigante, do jeito que ela me dizia que gostaria de ganhar pelo menos uma vez na vida. Liguei para sua colega, e pedi que leva-se a minha menina em algum lugar, durante uma hora e meia. Ela assentiu o meu pedido, e fez o que havia dito.
  Eu tinha a chave de sua casa, e então fui para lá – não poderia perder tempo – Havia comprado mais coisas, como velas, e o meu perfume que ela mais gostava. A sua casa ficou repleta de velas, e de rosas pelo chão, o meu cheiro exalava pelo ar, se espelhando e se misturando com o seu cheiro que estava lá, desde que se mudou. Escrevi em papeis coloridos tudo que eu sempre senti em questão a ela.
  Já tinha se passado 1 hora. E um caminho de rosas vermelhas e papeis coloridos, estavam indo em direção ao seu quarto.
  Fim da fala de Zayn. Começo da fala da (garota).
  Aquele passeio estranho que a Lucy tinha me convidado – que eu fui – estava me irritando. Eu precisava ir embora, dormir horas e horas, e nunca mais acordar. Eu estava infeliz, não queria me divertir.
  - Lucy, desculpe, não estou muito bem hoje. Preciso ir embora para minha casa. Pode me levar ? – Eu perguntei.
  - A sim ! Claro, posso te levar. Vamos ? – Ela era uma pessoa muito legal, mas eu tinha mesmo que ir embora.
  Cheguei em casa questão de poucos minutos. Ela estava ansiosa como nunca. Ignorei esse caso, devia ser algo que aconteceu com ela, então não me incomodei. Dei um beijo em seu rosto, e um tchau rapidamente, pois eu estava com pressa. Ela fez o mesmo, e logo seu carro desapareceu no meio das árvores.
  Abri a porta, e fiquei espantada com que havia acabado de encontrar na minha sala, e nas escadas – mas que diabos estava acontecendo ali ? – o cheiro de seu perfume encheu o meu nariz de uma maneira incrível; havia papeis coloridos com coisas escritas   e velas. Sorri quando reconheci letra por letra. Era dele, Zayn Malik tinha escrito aquilo tudo, e para mim.
  “Desde que te conheci. Cada segundo ao seu lado me fez, e me faz se sentir nas nuvens“, “Eu morri todos os dias esperando você”, “Amor não tenha medo”, “Eu te amei por mil anos, eu te amarei por mais mil”, “O tempo trouxe o seu coração ao meu”. E essas frases eram as poucas das muitas que estavam espalhadas no chão. Eu fui subindo seguindo o que mandava os papéis.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Zayn.
  Ela estava lá, subindo as escadas, indo ao meu encontro, meus olhos tremiam, meu estômago dava pontadas fortes, e o medo de sua reação, aumentava dentro de mim. Minhas mãos soavam, quase não encontrava forças para segurar aquela buque gigantesco, as luzes apagadas me dava um medo tremendo. Tudo se misturava, ate que, ela abriu a porta, e chamou o meu nome – estava escuro, onde eu estava, dava para observar ela sorrindo, e as lagrimas escorrendo sobre o seu rosto. A ultima vez que a vi chorando, era de dor, e agora não, eu sabia, era de felicidade, ansiedade, curiosidade, e amor. Onde ela estava não dava para enxergar nada, eu estava na sacada de seu quarto, a lua brilhava, e refletia em meu rosto.
  Fim da fala de Zayn. Começo da fala da (garota).
  Estava escuro, mas na sacada a lua brilhava, então fui em direção a ela. Em passos pequenos fui chegando perto, eu tinha tirado os sapatos – pois pisar em cima das rosas, dava uma dó e tanto – sentia as pétalas nas solas dos meus pés, elas eram o meu auxilio para seguir sem se machucar em alguma coisa. Minhas lágrimas caiam uma atrás da outra, eu estava ansiosa para encontrar ele, tocar os meus lábios nos seus, e sentir o seu calor. Ele me amava, como nunca percebi ?
  Zayn estava lá, a lua preenchia seu rosto perfeito, e refletia em seus olhos. Suas mãos seguravam um buque – meu deus ! O buque dos meus sonhos, ele era gigantesco, lindo, com rosas vermelhas e brancas. Zayn, estava com a cabeça baixa, encostado, com os pés cruzados e nervoso – impossível não perceber quando seus dentes mordiam os seus lábios.
  Dei um passo largo, e abracei-o com tanta força, que ate suspirei. Ele segurou a minha cintura com uma mão, e a outra, estava muito ocupada segurando o meu buque perfeito.
  - Zayn ... – eu dei uma pausa, sussurrando em seu ouvido – Desculpe se eu errei contigo. Te amo tanto meu bebê lindo – ele sorriu (como de costume), quando disse “meu bebê lindo“.
  - Eu também te amo. Eu desisti de tudo, por você. Não quero mais compromissos, quero ficar ao seu lado, sempre – ele disse. Fazendo-me ficar assustada com “desisti de tudo”.
  - Ahn ? – olhei em seus olhos e ele nos meus – Zayn, o que você fez ? Você desistiu dos seus compromissos ? Não Zayn Malik, você não pode fazer isso.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Zayn.
  Ela ficou tagarelando, quando segurei em seu rosto, fechei os olhos, e encostei os meus lábios nos dela. Ela suspirou, e se entregou ao beijo, suave e adocicado. Sorri, e entreguei o buque para ela.
  - É lindo ! – Ela disse com os olhos brilhando.
  - Tinha certeza que você ia amar – ela me abraçou novamente, mas foi um abraço de felicidade, e alegre. Colocou seus braços em cima dos meus ombros, e me deu um beijo estralado na minha bochecha.
  - Eu te amo tanto Zayn. Mais que tudo nessa vida.
  - Eu também te amo – novamente um beijo aconteceu, os nossos corpos se entrelaçavam, o vento movimentava os seus cabelos, e a lua brilhava.
  Fim da fala de Zayn. Começo da fala da (garota).
  O nosso beijo foi se formando em desejo, algo quente. Olhei em seus olhos, e ele me pegou no colo, me fazendo dar um “gritinho” imbecil e me levando para dentro. Sorrimos. O escuro nos dominou, todos os pensamentos se foram, ele segurou em minhas mãos com firmeza. A minha cama estava repleta de pétalas, e algumas velas disfarçavam a escuridão. Ele me colocou em cima da cama, e todo medo se foi.
  Desejando-o tirei sua camisa, e o empurrei delicadamente nos lençóis e nas poucas pétalas que não haviam caído. Ele entrelaçou seus dedos nos meus, e eu deitei sobre seu peito.
  - Não podemos – Eu disse.
  - Não, não podemos. Eu sei que se entregar um ao outro é algo muito importante para você. Esta tudo bem – ele me correspondeu, me deixando aliviada com as palavras.
  Coloquei meu queixo, sobre seu peito, olhando em seus olhos, enquanto ele estava com o braço direto, de baixo de sua nuca, olhando para mim. Ele sorriu, e sorriamos um para o outro.
  Fim da fala de Zayn. Começo da fala da (garota).
  Ela dormiu no calor dos meus braços.
  E o meu amor aumentava, cada dia, cada manhã, cada vez que acordava em seu lado, e ao lado de nossos filhos.