quarta-feira, 19 de junho de 2013

7- Imagine com Louis Tomlinson.

  Fala da (garota).
  Ele era o homem da minha vida. E naquele dia lindo, ensolarado, o meu sonho se realizaria. Louis Tomlinson, meu noivo, estava me esperando no altar, entre alguns minutos se tornaria o meu marido. Quatro anos de namoro, vivíamos muito próximos – apesar dos shows que fazia com a  boyband One Direction – orgulho, um enorme orgulho eu tinha do meu amor - a banda havia acabado em alguns meses, era um arraso para todos os integrantes, porem, sempre mantinham  a ligação de amigos e irmãos, desde o começo. Era um amor lindo de se ver.
  Eu estava nervosa, meu estômago dava voltas como uma roda gigante, e a minha cabeça estava explodindo. Eu admirava o meu vestido de noiva – sim, era como eu sempre sonhei – ele era gigante, de tule – eu acho – nunca entendi muito bem dessas coisas, e o nervosismo não ajudava em reparar nos pequenos detalhes, e ate mesmo nos grandes, só sabia que lindo ele era, ou melhor, perfeito. Já estava na hora, uma limousine estava me esperando, estava repleta de paparazzi, então arrumamos um jeito de ninguém me ver antes da hora, e conseguimos entrar no mesmo. Eu estava acompanhada do meu pai e da minha irmã.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  Eu estava completamente nervoso, minhas mãos soavam, e minha boca secava, a minha garganta  e o meu estômago queimava como se eu estivesse tomado algo quente pra caramba. Naquele momento eu estava sentindo o que um noivo sente na frente de um altar, esperando a sua princesa aparecer na porta que está metros longe de você, e o nervosismo e a ansiedade te dominar. Era uma coisa incrível, e única.
  Esperando-a, o tempo não passava nem um segundo. A igreja estava completamente linda, havia arranjos de rosas brancas no corredor, e outros tipos de flores com o mesmo tom. Era a sua cara, impossível de dizer que não foi a (garota) que havia preparado tudo aquilo. Pensando em como ela estaria, levei um susto quando olhei na porta. Minha princesa, minha alma gêmea estava lá, vindo em minha direção – meu deus, ela estava absurdamente linda.
  Fim da fala de Louis. Começo da fala da (garota).
  - Louis ... O que aconteceu aqui ?! – Havia se passado cinco meses depois do nosso casamento, eu e ele estávamos nos acostumando com a convivência, e a divisão entre duas pessoas – e não, não era fácil conviver com Louis Tomlinson e sua bagunça – Lui, por que você não tirou essa toalha de cima da cama? E não guardou os sapatos no guarda roupa, invés de ficar aqui ? Ah, e por que tem cueca suja em cima da pia do banheiro ? – eu realmente amava suas bagunças.
  - Amor não fique brava, eu te amo e é isso que importa. Daqui a pouco eu arrumo tudo isso, ok ? – ele disse subindo as escadas, enquanto eu estava encostada no batente  da porta do nosso quarto, esperando ele me dar um beijo (como de costume).
  Lui me deu um beijo, e disse eu te amo no pé do meu ouvido esquerdo – ai, ele era com certeza o amor da minha vida, eu ficava brava, mas com ele era praticamente impossível brigar, ou fazer arrumar as suas badernas.
  Eu apertei sua bunda com tanto gosto que ele resmungou por ter doído – meu deus,  que bunda ...
  - Te amo também amor. Mas por favor me ajuda a arrumar a sua desorganização ? – eu disse olhando em seus olhos e dando um sorriso, e ele me devolveu com uma cara de desanimo pedindo piedade, ou algo do tipo.
  - Poderíamos sair, sei lá, ir ao shopping, e comer algo fora. Já que você não nasceu para cozinhar ... – Louis deu um sorriso, e ao mesmo tempo um beijo suave na minha pequena boca.
  - Ok. Eu não cozinho bem, mas sou eu que arrumo as suas coisas, sou eu que organizo essa casa, porém, te amo – apertei suas bochechas e lhe devolvi o beijo.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  A nossa vida era tão linda, e tão repleta de amor que até incomodava pessoas infelizes que passariam ao nosso lado. Nunca ligávamos para o que as pessoas pensavam a nosso respeito, nossa casa era uma bagunça sim, mas era cheia de amor, cheia de carinho, e era só nela, apenas nela e com ela, que encontrei as minhas diferenças, a minha organização.
  (garota) estava se arrumando para irmos em algum lugar para refrescar a memória e comer algo melhor que a sua comida (eu amava como ela tentava se encontrar na cozinha).
  - Vamos logo amor ! Estou com fome. Você é linda de qualquer jeito, não precisa se arrumar tanto ... – Eu disse, com o tom indo em direção ao andar de cima.
  Ela desceu as escadas com uma rapidez que quase me derrubou. Peguei em suas mãos e a rodei. Ela estava linda – se existi perfeição, eu a encontrei, e era ela, minha mulher, futura mãe dos meus filhos. A mesma estava vestindo um vestido preto com duas listras abaixo da cintura, uma sandália marrom de veludo, e a sua bolsa predileta de couro preta.
Look para um passeio amoroso
  Fim da fala de Louis. Começo da fala da (garota).
  - Oi. Demorei muito ? - Eu disse.
  - Não. Você esta linda – Ele disse me dando um beijo no rosto, e me puxando pela mão em direção a porta.
  Entramos no carro, e fomos para um restaurante bem conhecido em Londres. Comemos a beça, sem parar, até estufar. Rimos a tarde inteira, passeamos por todos os cantos da cidade. Durou horas o nosso passeio, havíamos saído de casa umas 13:15 e já era 18:47.
  - Precisamos ir ... – As palavras se apagaram em minha boca, eu fiquei fraca, e Lui rapidamente percebeu a minha reação. Estávamos andando perto  de uma praça a céu aberto, a noite estava mais escura como de costume, e o calor já estava indo embora conforme o tempo passava. Lui me pegou por trás, e me colocou para sentar em um banco que estava perto de nós dois.
  - O que você esta sentindo ? - Louis perguntou, me olhando com a feição de preocupação.
  - Eu ...  – respirei fundo tentando buscar ar e força para terminar a fala – Eu não sei o que esta acontecendo comigo, acho que a minha pressão caiu, ou foi a comida que não me fez muito bem.
  - É ... As vezes pode ser, mas acho melhor você ir no médico, para ele dizer se foi isso mesmo.
  - Não amor, ta tudo bem. Senti o que todo mundo já deve ter sentido alguma vez na vida. Eu estou bem não se preocupe, ta bom ? – Eu disse.
  - Ta bom. Mas então vamos embora – Lui me pegou no colo, e eu sorri com o seu exagero e preocupação.
  - Louis não precisa de tanto, não estou morrendo.
  - Não importa, eu vou te levar ate o carro, assim. Duvido que você não adora quando te carrego no colo, e mimo.
  - Sim, eu adoro !
  Chegamos em casa questão de minutos. Lui estava tão preocupado que arrumou toda a sua bagunça que estava no quarto e me  deitou na cama com todo amor e delicadeza.
  - Te amo. Você está bem, não está ? - Ele disse deitando ao meu lado me encarando com os olhos mais lindos do mundo.
  - Estou. Obrigado por estar aqui ao meu lado, te amo tanto, que não consigo pensar em você longe de mim.
  - E não vamos ficar longe, nunca. Eu prometo – Louis me deu um beijo no nariz como um sinal de carinho e afeto – sempre amei essa forma de expressar o que sente.
  Eu estava completamente mal, a vontade de vomitar era grande. Levantei rapidamente da cama e fui direto ao banheiro – Lui estava lá embaixo, e era bom que ele não visse o meu estado – Aquilo era horrível, não sei porque isto estava acontecendo comigo. Estranho.
  Meu deus, não ! Eu não poderia, estar grávida. Saí do banheiro, e fui direto ao nosso escritório que era ao lado do quarto. Pesquisei em tudo que era site os sintomas de uma mulher grávida.  Minha menstruação havia atrasado a uns quinze dias, meu corpo estava estranho, e eu sentia fome fora de hora, e ao mesmo tempo enjoos.
  Então falei para o Louis que precisava comprar pães, e comprar mais algumas coisas que estava faltando. Depois de um questionário de meia hora (para saber se eu estava bem), Lui me deixou sair. Comprei um daqueles testes de farmácia, e seguindo as instruções fiz o que mandava.
  Será que eu estaria grávida mesmo ? Não, não pode ser. Porém, Lui estava louco para ter um filho, mas eu sempre dizia para ele, que era a hora errada, eu estava terminando a faculdade, e ele se enganchando no rumo de cantor, e tudo mais.
  As lágrimas dominaram o meu rosto quando eu vi o resultado – eu estava grávida, uma coisinha pequena estava crescendo dentro de mim,  e era o fruto do nosso amor. Desci as escadas e fui direto a cozinha onde Louis estava – respirei, e disse logo de uma vez.
  - Louis, amor, eu ... Eu estou grávida ! - As lágrimas estavam ainda vivas em meu rosto.
  - Não ! Meu deus ! Você está falando sério ? Eu vou ser pai ? Nós vamos finalmente encher essa casa de mini Louis Tomlinsoninhos ? – ele me abraçou com muita força, a sua felicidade me contagia, a nossa felicidade nos contagia. Eu agarrei minhas pernas por trás de suas costas quando ele me pegou no colo.
  - Amor ! Será que vai ser menina ou menino ? - Eu peguntei sorrindo, olhando em seus olhos.
  - Não sei. Não sei. Ai meu deus, não acredito ! Obrigado por fazer o meu sonho se realizar, eu vou ser pai, e você vai ser mãe. Eu vou chorar – Ele sorriu, e eu gargalhei com as suas palavras emboladas.
  Ele pegou o seu celular imediatamente e ligou para todos, Harry, Zayn, Liam, Niall, entre muitos outros, dizendo que iria ser pai e que eu estava grávida. Eu fiz o mesmo, disse para as minhas amigas, e para a minha família que havia voltado para o Brasil, logo após o nosso casamento.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  Ela dormiu como um anjo, e eu não conseguia fazer o mesmo, de tanta emoção que acabaria de acontecer – eu ia ser pai – Pai ? Não acreditava, era de mais para mim. Eu sonhava desde que a conheci, em ver o nosso filho em seus braços, e ver a sua barriga crescendo e eu estar ali ao seu lado para tudo. Era lindo, incrível, maravilhoso, um sentimento único.
  Meses se passavam, o primeiro chute já havia acontecido, e se repetia muitas vezes em um só dia. Comprávamos roupas, e os seus quartos estavam quase prontos. Era uma menina, e um menino. (garota) estava grávida de gêmeos casal. Havia até o nome, Johnny e June – tínhamos entrado em um acordo – ah, e quando teve o seu primeiro desejo – meu deus, ela ficava estressada facilmente, chorava por qualquer coisa, e comia igual a uma louca.
  Fim da fala de Louis. Começo da fala da (garota).
  Lui estava ao meu lado sempre, fazia de tudo para não me estressar, e quando eu chorava igual a uma manteiga derretida, ele me consolava. Nossos filhos cresciam rapidamente.
  - A meu Deus, chutou. Amor, Johnny vai ser jogador de futebol, tenho certeza – Louis disse com as duas mãos em cima da minha barriga cariciando-a e falando bobeiras.
  - Não. Meu filho vai ser doutor – Sorri para ele dando um beijo quente em sua boca.
  - Te amo. Amo muito, amo de mais, amo maior que tudo neste mundo. Amo como amo nossos filhos, amo como amo os meus pais, amo como amo a minha família.
   Um mês já tinha se passado, eu estava prestes a ter os meus filhos, Lui estava ao meu lado naquele hospital escuro e sem vida.
  - Amor vai dar tudo certo – Ele disse com mais medo do que eu.
  - Ahan, vai sim.
  Eu estava sentindo contrações – mas que dor horrível – os médicos me colocaram na sala de parto me preparando para os meus filhos chegar ao mundo logo. Louis entrou, pois ele queria acompanhar e segurar na minha mão.
  A dor me dominava, não tem como descrever uma dor de um parto, doía tanto, que eu apertava a sua mão esquerda com tanta força que até ele sentia o mesmo. As lágrimas escorriam  nos meus olhos, e a vontade de que tudo aquilo acabasse me descontrolava. Eu estava perdendo as minimas forças que restavam. O médico me olhou  nos olhos.
  - O que foi doutor ? – Eu disse com dificuldade. 
  - Você precisa ter forças, não pode parar – O mesmo me respondeu.
  Eu não aguentava eu não conseguiria mais, eu iria morrer, não precisava ninguém me avisar ou olhar estranhamente em meus olhos, eu estava sentindo, e eu sabia.
  - Eu te amo Lui. Eu sei o que vai acontecer, eu sinto – as minhas lágrimas escorriam como se estivessem fugindo, caiam rapidamente de meus olhos, e escorriam ao lado sobre os lençóis. Louis olhou em meus olhos chorando e me deu um beijo forte e cheio de amor.
  - Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui não estou ?! Não chore, os nossos filhos vão nascer, e você vai vê-los crescer e a nossa casa ficar cheia e repleta de crianças chorando por todo lado; e você iria brigar comigo enquanto eu assistia futebol, e a minha bagunça estaria espalhada pelo quarto todo. Eu iria até você, e diria “te amo”, e tudo ficaria bem. A sua comida continuaria ruim, e os nossos filhos iriam crescer cheio de amor, e carinho - ele sorriu.
  Um choro dominou os nossos ouvidos, e June havia acabado de chegar ao mundo, eu apertava a mão de Louis, e fazia força para que Johnny o jogador, chegasse logo após a sua irmã – ela era a minha cara, e ele, a cara de seu pai.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Louis.
  O filme passava em minha mente, tudo o que tinha acontecido com nós dois, a primeira vez que á vi – ela tinha derrubado chá em minha roupa e foi ali que tudo começou – me lembro quando o nosso beijo aconteceu - na frente de sua casa depois de um passeio cheio de gargalhadas com as minhas palhaçadas – e quando eu pedi ela em namoro, depois em casamento; quando fiquei sabendo que iria ser pai, foi tudo com ela, em todos os dias. Eu não poderia perde-la, eu não queria, eu não iria perde-la, eu sei que não.
  Olhei em seus olhos, e estavam fracos. Minha garota, minha mulher, estava indo, estava me deixando.
  - Eu te amo, te amo muito, te amo de mais – com as mãos agarradas nas minhas, olhou em meus olhos e disse:
  - Promete que cuidara da nossa menina e do nosso menino ? Eu te amo Lui, sempre vou te amar, nunca se esqueça disso.
  Lágrimas escorrendo em meus olhos, abaixei a cabeça e disse em seu ouvido :
  - Prometo – Com os olhos fechados, ela deu seu ultimo suspiro – meu amor se foi, e me deixou dois presentes; mas sua falta me dói todos os dias que acordo e que não á tenho em meu lado. Eu a amo a cada hora, e cada vez que olho em nossa filha e vejo ela, o seu sorriso, o seu olhar, o seu cabelo ... Ela esta ali, ao nosso lado, e ao lado da nossa menina.
  - Amor ? Eu estou aqui – era ela, ao meu lado, em meu sonho, sorrindo, deitada, olhando em meus olhos – sorri, e dei um beijo em sua boca quente e pequena, e abracei-a com tanta força.
  - Eu te amo – Eu disse com tanta certeza e amor.
  E aquilo se repetia durante todos anos. Enquanto os nossos filhos crescia e eu envelhecia, ela estava ali, todas as noites, ao meu lado. 

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