quarta-feira, 10 de julho de 2013

10- Imagine com Niall Horan.

Pic Niall Horan || @HopeLikeIt || Si guardas avísame y si usa... on Twitpic

“Ai bochechas, que dor” eu pensava não aguentava mais sorrir, porém não conseguia, meu sorriso era o maior de todos do mundo todo pelo menos hoje, também acho que tenho motivo. Olhava-me no espelho e realmente estava impressionada, eu estava bonita não só por fora como por dentro por estar feliz por estar realizando um sonho com uma das pessoas que mais amo no mundo. Estava a caminho do local e todas as imagens de tudo que vivemos juntos passavam na minha cabeça, como o dia em que nos conhecemos.
-Flashback-
-Meu deusssss é uma batata olha o tamanho da batata, gente não é possível!!!! Estou apaixonado, encontrei minha princesaaaa!
Um garoto gritava no meio do corredor de um mercado, parecia louco, porém um ria juntos com minhas amigas.
-Pelo amor de deus vamos embora agora – disse um ouro garoto de cabelo levantado
-Mais eu quero essa batata pode comprar agora!- disse o menino que gritava cruzando os braços
-Não não não, nós não vamos comprar uma batata – disse um garoto com boné fazendo cara de debochado.
-Ah não vão?- disse o garoto gritante olhando pros lados até olhar para mim e sorrir- então – disse vindo em minha direção – eu me agarro nessa moça bonita e não solto até comprarmos a batata- e me envolveu com seus braços. Os outros meninos riam descontroladamente. - Não me ache louco ok? Eu sou legal – disse em meu ouvido
-Eu gosto de gente louca – disse dando –lhe um sorriso que ele retribuiu muito bem retribuído
-flashback off-
Sim foi assim que eu o conheci, meio doido. Minha mãe sempre disse que era a batata que nos unia por que todas as outras vezes que nos encontramos encontrávamos batatas.
-Estamos chegando – disse minha meu pai todo sorridente para mim.
As borboletas tomavam conta do meu estomago mais do que o normal. Borboleta, borboletas me lembram do dia em que ele me pediu em namoro.
-Flashback-
-Aonde você tá querendo me levar???- disse tateando tudo por perto, por que meus olhos estavam vendados.
-Você namora comigo faz mil anos, calma confia em mim mulher – pude sentir sua mão suar e sua voz meio trêmula.
-Tá mais vai logo porque eu to sent...
-Shiu , chegamos, vem cá pra eu tirar esse negócio do seu rosto. – Sua mão foi até a minha cintura, e subiu para a parte de trás de minha cabeça retirando o lenço e devagar eu abri meus olhos.
Diversas borboletas tomavam conta do campo, a grama era verdinha e com as arvores tudo ficava mais perfeito ainda. Eu fiquei ali admirando aquela paisagem com meu menino abraçado comigo enquanto ele ria de umas borboletas que voavam a nossa volta.
-É lindo não é? – ele disse me virando de frente para ele
-Lindo? Lindo é você, isso aqui é maravilhoso – Sua gargalhada tomou conta do meu ouvido como uma música e não pude aguentar para rir.
-Você é demais sabia? – disse dando um sorriso
-Eu sei – pisquei meus olhos algumas vezes e dei um selinho nele
-Agora sério vem aqui – pegou minha mão e me puxou em uma árvore que estava perto de nós- Eu te trouxe aqui pra te perguntar uma coisa – uma de suas mãos estava em minha cintura e a outra no bolso.  – (seu nome) Você acha que dá pra contar quantas borboletas existem aqui?
-Hm... Deixa pensar – olhei pro lado olhei pro outro – Creio que não
-E por um acaso você acha que dá pra contar nos dedos quantos hectares tem esse campo?
-Também não
-Meu amor por você é assim, impossível de contar, impossível de medir e não cabe em palavras. Eu sei que você é nova pra isso, mais eu acho que a hora chegou. – Nessa hora minha cabeça virou de ponta cabeça e meu coração disparou que não parava mais- (seu nome) você aceitar namorar comigo?
-Sim e sim e sim e sim e sim e sim e sim...  Um sim pra cada borboleta aqui! – eu sorri para ele e lhe dei um dos melhores beijos nossos até hoje!
-Eu amo você menina amo muito! – disse me abraçando.
-Você sabia que dizem quando uma borboleta passa na sua frente significa que a sorte está com você – disse olhando para ele
-Não
-Mais eu acho que não preciso mais, por que eu tenho toda a sorte do mundo.
-Não mesmo, esqueceu que eu sou um irlandês?
-flashback off-
Pensando bem naquele momento ele realmente trouxe sorte para minha vida, ganhamos conquistamos tanta coisa juntos que me deixava orgulhosa. Também tivemos nossos momentos tristes mais ele conseguia transformar toda a tristeza em alegria. Do carro eu podia ver os prédios e as pessoas correndo como sempre, fechei meus olhos tentando me acalmar e relaxar, eu pensava em seu sorriso e nas nossas brincadeiras, nos seus carinhos, e em sua pele e até que o carro parou e meus olhos se abriram.
-Chegou minha linda – meu pai parecia nervoso mais do que eu até, ele saiu do carro abriu a porta pra mim e eu desci, segurei o máximo possível meu vestido para não suja-lo e subi os degraus que me separam da entrada. Chegando lá pude ver as sobras se sentando e apenas algumas de pé. O tempo ali parecia haver congelado, eu observava a grande porta de madeira que tinha alguns desenhos desregulares nela, meu coração podia ser ouvido de longe naquele silêncio. Eu não aguentava mais minhas pernas estavam trêmulas e cansadas, estava quase pedindo pra sentar ou pra alguém mandar começar e a música começou. Meu pai pegou no meu braço e a grande e enorme porta de madeira toda desenhada se abriu e a única coisa que eu enxerguei foi ele.
Seu rosto branquinho estava vermelho, seu sorriso tão aberto que eu nunca tinha visto igual, ele vestia um smoking preto lindo do jeitinho que eu amava e ele sabia disso, no bolso do seu paletó tinha uma florzinha simples branquinha que combinava com a decoração. Posso jurar que conforme fui andando seus olhos estavam lagrimejando mais vi que ele segurou e segurei o riso.
Desviei meu olhar dele e pude ver os meninos no altar, minha mãe meu pai os pais dele, minha família toda e a dele também nos bancos onde também estavam minhas amigas e meus amigos. Todos me olhavam com felicidade, eu ouvia alguns “ela está linda” “meu deus que bonito” o que me fazia sorrir mais ainda. Mais alguns passos e cheguei no altar, meu pai me deu um beijo na testa e me olhou.
-Seja feliz minha menininha – eu sorri ao ouvi-lo falar aquilo, ele sempre me chamara assim e eu amava. Meu pai olhou e disse a ele
-Cuida dela etc e tal... confio em você – disse dando um abraço nele
-Obrigado, vou cuidar pra sempre – e me olhou sorrindo, pegou na minha e subimos no altar.
E assim procedeu tudo começou o padre falou sobre casamento e a sua importância, eu e ele prestávamos atenção em cada palavra como se fossemos guardar aquilo eternamente, e iríamos. A noivinha entrou, sim era lux e um Santiago meu sobrinho, trouxeram as alianças, e finalmente o momento chegou.
-(seu nome completo) você aceita Niall James Horan como seu legítimo esposo? Promete ama-lo e respeita-lo na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe? – Seus olhos estavam penetrantes no meu e em qualquer segundo ele desviava e mal piscava. – Sim e sim e sim e sim e sim e sim.... – Ele sorriu e eu também.
-Niall James Horan você aceita (seu nome completo) como sua legitima esposa ? Promete ama-la e respeita-la na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?- Ele sorriu olhou bem pra mim e disse – Sim, sim sim, um sim para cada borboleta- Meus olhos lagrimejaram nessa hora, e seu sorriso foi o mais lindo de todos.
-Então já que é de livre e espontânea vontade dos dois, eu os declaro marido e mulher... e é pode beijar a noiva rapaz.
Niall gargalhou pegou na minha cintura chegou bem perto de mim colando nossas testas
-Será que as borboletas estão felizes?
-Com toda certeza desse mundo meu irlandês
Ele me puxou para si e me beijou, foi um beijo tão calmo e silencioso que ficaria ali sem problema nenhum. Quando nos beijamos a igreja explodiu os meninos gritavam loucamente e riam, todos aplaudiam e riam. Paramos o beijo com um selinho e olhamos todos sorrindo. Aquilo era tão bom tão bonito e energizante que posso jurar que foi e será um dos melhores dias da minha vida.
Seguimos o resto do que era pedido cumprimentamos os padrinhos e madrinhas eles todos saíram da igreja e nós esperávamos de mão dada, uma vez ou outra Niall apertava minha mão e levantava uma sobrancelha. E eu ria e dava um beijo em seu rosto. Todos saíram era a nossa vez a música começou a tocar e assim fomos andando recebendo os parabéns e os ois dos amigos e parentes. Paramos na porta e todos estavam prontos para jogarem arroz em nós, a lua já estava em seu ponto máximo e de repente uma pequena borboleta amarela passou diante de nós, eu olhei para ele instantaneamente.
-Mais de noite? Elas nunca aparecem... Sorte??
-É o irlandês! – Pegou a minha mão e descemos correndo as escadas enquanto os arrozes caiam sobre nós... Niall gritava loucamente até parar na calçada e me colocar de frente para ele.
-Ao infinito e além – disse levantando a mão pra cima
-Essa frase é do liam...
-Peguei emprestada- me deu um beijo em minha testa, e eu dei outro na sua.

-Amo você – dissemos juntos e sorrimos, afinal foi assim que Deus quis que nós nos conhecêssemos e vivêssemos, sorrindo.

terça-feira, 9 de julho de 2013

9- Imagine com Niall Horan.



O sol já explorava cada canto do quarto de Niall.Ele dormia feito um anjo ao meu lado,coberto até o pescoço com o cobertor e rodeado de travesseiros como de costume.Eu levantei da cama com cuidado para que ele não pudesse acordar,e fui até a janela avistar como o dia estaria.Abri a janela e senti o vento fazer meus cabelos se sentirem livres.Fechei os olhos,e por um momento eu desejei  um abraço de Niall.Eu realmente tinha encontrado a pessoa que procurei por tempos e mais tempos durante toda a minha vida.Ele era incomum,sem defeitos,e acima de tudo ,gritava para o mundo o quanto me amava,sem medo.
Eu vestia uma camiseta sua,e seu cheiro nela fazia-me sentir perfeitamente completa.Minha roupa estava jogada sobre o chão do quarto.Peguei todas elas,e fui ao banheiro me vestir,e fazer minha higiene diária.
Abri a porta lentamente,mas Niall ainda dormia e continuava intacto na cama.Eu sentei na ponta da mesma e passei a olha-lo ali.Ele tinha um jeitinho que era só dele.Aquele cabelo loirinho,todo bagunçado,aquele sorriso,aqueles olhos azuis feito oceano,e seu abraço,carinho,e seu beijo.Niall estava despertando,esticando os braços e bocejando consecutivamente.Eu percebi que ele apalpava o lado que eu havia dormido procurando por mim.Ele abriu os olhos com um ar de desespero,pensando que eu na estivesse ali com ele ao amanhecer de mais um dia juntos.
- Niall,estou aqui seu bobo - disse olhando para seu rosto assustado,rindo.
- Meu Deus,por um minuto pensei que você já tinha me deixado - ele me puxou pelos braços e me manteve neles apertando minha cintura com toda firmeza.Ficamos ajoelhados olhando um para o outro,com as testas coladas.
- Eu prometo te fazer feliz,todos os dias ao meu lado.Não sou o melhor nas palavras,mas eu prometo – ele dizia olhando com os olhos fechados,sussurrando no pé do meu ouvido.
Eu deixei escapar algumas lágrimas,que logo foram interrompidas pelos dedos de Niall.
- Eu te amo Niall,mais que tudo.
Ele me abraçou tão forte,que eu senti até minhas costelas latejarem.Eu acariciava sua nuca,e subia em seus cabelos.Ele selou nossos lábios fortemente.Me pegou pela cintura e me deitou na cama,ficando sobre mim.Me olhava fixamente,e sorria.Acariciava meu rosto,passando os dedos pela minha boca.Eu o puxei pela nuca e o beijei sem temer,o que o fez segurar meu rosto com as duas mãos,enroscando os mesmos em alguns fios de cabelo.Eu agarrei suas costas com ainda mais força,e ele deu um gemido de desconforto.
- Ai! - disse ele abrindo os olhos e interrompendo o beijo.
- O que foi Niall?
- Você me arranhou - ele dizia rindo e ao mesmo tempo murmurando um pouco.
Ele sentou na cama,e eu logo pulei nas suas costas,pedindo desculpa pelos arranhões.
Ele levantou e foi até o espelho do banheiro.Olhou para o vergão das minhas unhas nas costas dele e olhou pra mim,que estava sentada na cama com os joelhos dobrados.Eu fiz uma cara de “eu não tive culpa” e logo Niall estava rindo da minha cara,feito um palhaço.
Olhei o relógio e já se passava de 8h00.Meu Deus,eu perdi hora pra faculdade de novo.E tudo por culpa dele,como sempre.Saltei da cama,coloquei meus sapatos e desci correndo as escadas.Niall logo veio atrás correndo também.
-Ei? –disse ele parando no meio da escada.
-O que foi ?-eu disse virando para ele,já com a mão na maçaneta da porta da sala.
-Jura que você vai,sem ao menos me dar um beijo na testa?
Eu sorri.Subi correndo até a escada  e dei um selinho.Ele logo me segurou pela cintura e me puxou,me arrastando até a cozinha,beijando meu pescoço.Me pressionou contra o balcão e deu um sorriso malicioso.Eu o empurrei e escapei do aperto dos seus braços e corri pra porta.
-Eu te amo.Até o jantar Niall Horan - fechei a porta rapidamente,antes que ele pudesse correr atrás de mim.
Niall on
Fazia 2 anos que estava com ela.A conheci em uma fila do Starbucks,quando ela pediu minha ajuda para que segurasse sua bolsa.Foi a partir dali ,que não consigo ficar um dia se quer sem ela.Ela é diferente de todas as garotas que conheci.Compreende e me entende em tudo que faço,e sempre que preciso posso contar com ela.Seu sorriso,seus olhos,seu corpo,suas palavras ao pé do meu ouvido.
Ela fazia faculdade de psicologia a 3 anos,e está em encerramento para entrar em algum emprego fixo.Sempre sendo prestativa ao que faz,dedicada e responsável.
Niall off
O dia estava chuvoso, as nuvens cinzentas,e uma tempestade parecia vir a caminho.Começou a chuviscar,e meu carro estava estacionado num lugar  bem longe da entrada.Eu estava praticamente presa dentro do estacionamento e não tinha nada pra me amparar,que eu pudesse pelo menos chegar seca na sala de aula.
Abri a porta do carro e sai correndo. A chuva parecia ir contra mim.Quanto mais eu temia para que ela desse uma trégua,mais ligeiramente ela se aumentava.Estava distante ainda da porta de entrada para acesso ao primeiro corredor.Havia várias poças formadas a cada passo que eu parecia dar,e minha calça afundava nelas,misturando com um pouco de lama.Acabei escorregando em algumas folhas de árvore molhadas que estavam sob o chão,e cai feio.
Não havia ninguém naquele espaço, estava somente eu e a chuva ali sozinhas.Meu pé latejava -provavelmente deveria ter torcido,ou talvez algo pior - e minhas lágrimas escorriam conforme as gotas da chuva pingavam em meu rosto.Eu sentia muita dor.Estava sentada ali naquele chão frio e molhado,minha roupa estava completamente encharcada,minha bolsa afundada em uma poça d’água e vários papeis espalhados ao redor de onde eu me encontrava.Como iria pedir ajuda?Quem me ajudaria?
Eu firmei meu pensamento em não sentir dor,embora estivesse.Apoiei meu punho sobre a bolsa,e levantei com toda rapidez e força que ainda me restasse.Minha vontade era de gritar o mais alto que eu pudesse,porque a dor era insuportável,eu já não podia mais sentir meu pé direito,ele parecia estar ficando avermelhado e inchado rapidamente.Eu consegui ir pulando até meu carro,onde eu me refugiei. Queria ir embora  o mais rápido possível,queria ver Niall,queria seu abraço,seu aconchego,seus lábios nos meus.Eu dependia de sua proteção.
Chegando em casa, entrei escorando sobre os móveis que via pela frente,e comecei a gritar ele por todo os lados,mas ao menos se escutava a voz dele ali.Onde ele estaria ?Não tinha deixado nenhum recado no meu celular,ou me ligado a horas.
Subi as escadas não sei como,e chegando ao quarto fui tirando meu sapato,blusa,calça.Fiquei somente de sutiã e calçinha.Tremia de frio,minhas mãos estavam como pedras de gelo,meus olhos ardiam,eu parecia que ia entrar em colapso.Meu corpo estava cansado,pesado,sem energia.Entrei no banheiro, tirei minhas roupas intimas e entrei na banheira.Ali era um lugar tão bom,somente eu com a minha própria alma e coração.Meus olhos estavam cansados,e as lágrimas descontroladamente  já tomavam conta do meu rosto.Sem porquês,ou explicações estaria chorando,desabafando com os meus próprios sentimentos.Talvez seria o fato de Niall estar em segundo plano em minha vida,quando se fala de futuro.Meu único foco naquele momento da minha vida era minha formação,e se fosse preciso eu terminaria com ele,preciso garantir minhas esperanças no meu amanhã,se é mesmo que ele existe.
Sai do banho,e meu pé já estava melhor,tomei um analgésico para dor e troquei de roupa.Coloquei algo mais confortável,estava em casa mesmo.
Look do dia
Minha bolsa estava molhada, e a minha grande sorte foi que nada que estava nela acabou indo para o lixo,nem meu celular.Imediatamente o peguei e comecei a ligar para Niall.Uma,duas,três,quatro vezes,mas ele não fazia questão de atender.Eu andava de um lado para o outro na sala,feito uma barata tonta.O que ele estaria fazendo agora?Onde meu Horan estaria.
Era noite,e eu passei a tarde toda aflita,angustiada,desesperada a procura-lo.Ele não tinha me dado nenhum sinal de onde podia estar,com quem podia estar.Eu já tinha desistido,desabei no sofá,e meus olhos novamente choravam,enquanto eu soluçava,gritava em pensamento com um ódio mortal de  Niall.Já eram 00h00,e foi quando a porta se abriu.Subitamente eu virei as costas e dei de cara com ele,que por incrível que pareça,estava sorridente.Eu estava enjoada.A gente podia embaçar janelas com nossos beijos,mas assim que começasse usar a boca para outras coisas - como para conversar-,tudo ficava mais complicado.Tinha uma personalidade forte,enquanto Niall mantinha a calma em todos os momentos.
Eu desviei o olhar.
- Desculpa chegar tarde meu amor,estava num jogo com Zayn,Harry,Liam assistindo Louis em um campeonato.
Eu não me irritei,como provavelmente ele esperava e quase desejava.Olhei em seus olhos azuis que pareciam me chamar para um beijo,porém resisti.
- Entendi,e porque exatamente não me ligou? Você nunca foi disso.
Mesmo enquanto dizia as palavras,ele parecia calmo diante de mim.
-Eu só esqueci,pensei que você não ligaria pra isso,você sabe que eu voltaria.
- Esqueceu,ou fez de propósito mesmo ?
- Você sabe muito bem que eu nunca faria isso com você propositalmente,com intenção de machuca-la,ou fazer você chorar por mim.
Eu pensei em falar sobre meus planos,e como nosso namoro interferia nele,mas quando imaginei ele reagindo pedindo perdão,implorando pelo meu amor,não me senti no direito,e acabei falando:
-As vezes eu sinto que sou distante de você.Como se fôssemos estranhos amigos.Como se eu não o conhecesse mais como antes,melhor que os outros.
-Ah-sua voz era baixa,mas seu rosto era tão pálido, falecido,sem cor.
-Estou no escuro,Niall.Não sei de nada.Não me reconheço mais.Estou confusa.Cada vez que vejo você,há algo dentro de mim que me permite te amar e ficar ao seu lado,mas um outro lado me diz não e insiste nisso. – ele me olhava sem entender as minhas palavras,as minhas lágrimas de dor e desespero.Sentou-se no sofá.Fechava os olhos e mordia os lábios repetidas vezes,querendo achar no fundo uma explicação pra tudo aquilo.
-É sua faculdade.Eu sei que as vezes eu tiro sua atenção,seus compromissos,mas é porque eu te amo demais,eu preciso de você ao meu lado todos os dias pela manhã,a luz do sol,da lua,do dia.Tente entender o meu lado também.
Ele ficou de pé e segurou meu rosto.Antes que eu pudesse se afastar,senti o calor deixar-me.Fechei os olhos,tentando resistir a força de seu toque,mas era muito forte,mais forte do que qualquer outra coisa.
Aquilo apagava minha raiva,deixava minha personalidade em pedaços.Quem era eu sem ele?Por que a atração por Niall sempre sobrepunha a qualquer coisa que tentava afastá-lo  de mim ?Razão,instinto,destino,autopreservação:nada daquilo jamais conseguiria competir.Eu sabia que não devia querê-lo com cada fibra do meu ser,mas não conseguia evitar.Olhando para ele,sentindo seu toque,o resto do mundo se desaparece.
Eu só gostaria que amá-lo não tivesse que ser sempre tão difícil.
-Que história é essa de querer me deixar? – sussurrou Niall em meu ouvido.
-Acho que não sei o quero.
-Eu sei – seus olhos estavam decididos,presos nos meus - Quero você.
-Eu sei,mas...
-Nada vai mudar isso.Não importa o que você escute.Não importa o que aconteça.Estaremos juntos,enfrentando tudo,passando por obstáculos,por discussões,brigas,desentendimentos.A menos que você não queira – ele me olhou com os olhos cheio de piedade e amor,eles brilhavam igualmente  a lua que estava naquele céu desta noite.
-Eu preciso dormir Niall.Minha cabeça não está aqui,está longe.Não quero tomar decisões precipitadas e te dizer adeus – dei um beijo na testa dele,e o abracei o quão mais forte eu pude,deixando uma lágrima escapar e escorrer na manga de sua camisa.Logo subi as escadas e fui para o quarto.
Niall on
Eu me sentia inútil diante de toda aquela situação com ela. Ainda estou em êxtase até agora em pensar que ela foi capaz de fazer aquilo.Sentia as palavras subir até a garganta enquanto ela falava sobre o possível “nós” que pode não existir nunca mais.Eu a amo.E vou ama-la para sempre.Mas se o que há entre nós é para sempre,meu amor pode esperar até que ela descobrisse algumas coisas importantes para si mesma.Eu estou decidido em ir embora por algum tempo,esta noite só havia tempo de acenar um adeus,respirar fundo e se jogar dentro da minha própria sombra,para a escuridão,para meu passado,sem ela.
Fui até o quarto cuidadosamente,e ela dormia com minha camiseta mais uma vez,como todas as noites.Minha vontade era deitar  ao seu lado e acariciar seu rosto até que o sol nascesse diante das montanhas,até que ela acordasse e dissesse a primeira palavra que fizesse meu dia com cor,alegre.Mas eu não posso.
Fui até o guarda roupa e peguei algumas mudas de roupa,coloquei em uma mochila e fechei a porta daquele quarto.Parecia que estava deixando-a para sempre talvez,ou por algumas semanas,meses.Desci as escadas,e saí.Não queria deixar bilhete,mas foi impossível.Colei um pequeno pedaço de papel na geladeira que dizia : “Vou respeitar seu tempo,seus pensamentos,seus sentimentos e seu espaço.Prometo que é temporário,mas não posso ficar aqui enquanto te vejo distante de meus braços e dos meus beijos.Te amo desde sempre-Niall”
Niall off
Amanheceu o dia,os raios do sol já invadiam o quarto como de costume,e eu mal tinha fechado os olhos durante toda a noite.Ele não estava deitado ali do meu lado,deve ter permanecido no sofá mesmo depois de tudo o que aconteceu.Do mesmo jeito que levantei,desci para tomar um copo de suco,ou pelo menos tentar comer alguma coisa.Não havia ninguém na sala,nem a luz estava acesa,parecia que somente eu habitava aquela casa que estava fria e escura.Foi quando me debati com um bilhete na geladeira.Aparentemente podia ser de Niall.Comprovado,era a letra dele.
Ele se foi.Dizia que respeitaria meu tempo,meu espaço.Mas eu quero ele aqui comigo todos os dias,eu não imaginaria que o que disse te levaria pra longe de mim assim,do nascer do sol.Minhas lágrimas não podiam se conter diante disso.Eu o amo.Niall era a única pessoa que sempre estava comigo nas dores e cicatrizes que a vida passou e deixou-me.Como vou sobreviver os meus dias sem ele?
Pisco rapidamente,tentando me orientar.Mas nada faria passar a dor que minha alma sentia neste momento.É como uma ferida sem cura,sem cuidados.Por que fiz isso com ele?A onde ele está agora?Meu corpo inteiro geme de dor e desespero,minha boca já está sem cor,e estou tremendo demais.Uma veia salta nas minhas têmporas.Logo depois eu me levanto do chão frio.Uso a ponta da minha blusa para limpar as lágrimas que agora escorriam em meu rosto.Então,aperto bem os olhos e invoca a imagem dele.Tento mantê-lo comigo,mas logo tudo desaparece.
Diante das fotos do meu aparador,eu me perco nos seus sorrisos.Cada palavra sua que me confortava,me dava segurança,vida aos meus sorrisos que estavam trancafiados dentro do meu rosto por anos,eu não podia mas tê-los ali comigo.
Nos dias de chuva,tempestades,quem irá me proteger dos trovões e raios,do medo de que o mundo podia acabar em simples gotas de chuva que caia sobre o telhado?
Passaram-se 4 dias de angustia.Eu não comia,não ia á faculdade,não lia livros,não fazia nada mais do que passar todas as tardes sentada no canto do sofá,chorando.Meu coração parecia sangrar por dentro.Tive pesadelos - sinceramente,penso que eu poderia dormir e não acordar mais.Eu preferia morrer,do que não ter ele ali comigo,no conforto de seus braços e do seu toque.
Este é o inicio de mais um dia,é começo do meu maior medo.Chovia lá fora.Eu nunca gostei desta cidade mesmo,mas eu preciso desta cidade,como preciso da chuva.Eu sei que algum lugar você está,talvez pensando em mim,ou esquecendo que eu realmente exista.E apesar do meu corpo estar deitado aqui,é como se eu tivesse longe.É a queda do meu mundo,do meu auto – estima - que há dias eram melhores.Cadê você que não volta?Eu ouço passos na escada diariamente,ouço seus sorrisos,sinto seu cheiro por toda parte. Só sei de uma coisa,eu não consigo mais viver um dia sem você,sem o seu “eu te amo minha princesa”.
Meus olhos estavam fracos,quase se fechando,quando assustei com o barulho da porta lá embaixo.Pulei da cama,descalça desci as escadas o mais rapidamente possível.Ele estava ali,diante dos meus olhos.Eu corri e pulei em seu colo agarrando minhas pernas até a altura de sua cintura.Selei nossos lábios com toda a força que ainda me restava.Nossas línguas formavam círculos e caminhos perfeitos.Eu podia sentir o calor dominar meu corpo e minha alma naquele instante.Suas mãos agarravam minha cintura como nunca tinha agarrado antes.
-Me perdoe,eu largo tudo pra ficar com você,eu te amo demais.Eu não sei aonde estava com a cabeça aquele dia Nini – falava entre soluços e lágrimas que transbordavam discretamente diante do meu rosto pálido.
-Você não tem culpa,nos melhores relacionamentos acontecem as brigas e desentendimentos.Eu te amo e é isto que importa – ele sorriu.
Eu o abracei mais forte.Niall jogou a mochila no chão,e foi a caminho do quarto subindo cada degrau cuidadosamente.
A luz do quarto permanecia apagada.Ele me deitou na cama,fazendo  o mesmo, deitando em cima de mim.Fechei os olhos e deixei que ele me levantasse até seu rosto.Nossas bocas se encontraram e me inclinei olhando para o teto,deixando o beijo dominar-me.Não havia mais escuridão,frio,apenas a adorável sensação de ser dele.Minhas mãos seguravam com força seu pescoço,em seguida acariciavam os músculos firmes de seus ombros.Ele me apertou como sempre,até que algum ossinho da minha coluna estalasse.Lentamente Niall tira minha blusa,seguindo por beijos em toda a região dos meus seios.Seus olhos pareciam encarar os meus,e sua boca loucamente desejava um beijo.Rapidamente tirei a camiseta dele,acariciando com as extremidades de meus dedos todo seu peitoral,que fez com que Niall fechasse os olhos e se arrepiasse.
Tínhamos  tirado as roupas.A maior parte de seu corpo estava na sombra,mas o contorno dos ombros largos brilhava contra a noite de um azul profundo do céu.Seus braços musculosos envolveram minha cintura.Ele me puxou para mais perto,e eu senti nossos corpos se encaixando perfeitamente – pernas entrelaçadas em pernas,quadris pressionados contra quadris, e a nossa respiração na sintonia ideal.Eu sentia seus beijos intensos percorrerem  minha barriga e subirem.
Eu percebi que poderia continuar eternamente,a noite toda.Sentir a mão quente,forte e segura de Niall,e me deixar levar.Era realmente de tirar o fôlego.
Nossa respiração parecia estar limitada,estávamos exaustos.
-Niall .. – olhei em seus olhos
-O que foi? – enrolados em um só lençol intercalados um ao outro,ele lança seu olhar.
-Obrigada,eu te amo .
Ele me puxou da cama,fazendo-me  arrumar rapidamente,dizendo que a noite só acabaria com uma única palavra minha.Eu não entendi certamente o que poderia estar acontecendo.Já se passavam das 2h00 da manhã,e Niall queria me levar pra rua.Andamos alguns metros,e chegamos em uma das ruas da cidade especial que nunca tinha prestado a atenção.A rua era cercada de árvores belas,cor de rosas,que pareciam flutuar no ar.
-Você deve estar se perguntando por que vim até aqui.
-S-sim.. não estou entendendo Niall - Eu balancei a cabeça,surpresa.Ele me olhou nos olhos,segurou firme minhas mãos.
-Quer casar comigo? – essa talvez fosse a melhor coisa que alguém havia feito para mim.
-É claro que sim – uma simples lágrima derrama do meu olho.
Seus lábios encontraram os meus,depois subiram,ao longo de meu nariz,descendo suavemente em cada uma de minhas pálpebras.Quando ele se afastou,eu abri os olhos e olhei para ele.
-Você é tão perfeita – sussurrou ele.
Era exatamente o que a maioria das garotas teria gostado de ouvir.
O céu era uma explosão de estrelas.Elas brilhavam na noite negra como diamantes,mas mais claras,mais brilhantes,ainda mais bonitas.A verdade era que ele me fazia feliz.Era só olhar para ele,com seus olhos azuis como o mar e o barulhinho que fazia toda vez que abria um sorriso.Além disso,ele era,de longe, a pessoa mais importante que eu conheci.

8- Imagine com Harry Styles.


 Começo da fala da (garota).
 Havia um mês que estava chovendo naquela pequena cidade de Londres, eu estava com a garganta queimando, e como uma boa escritora, um livro precisava ser terminado – ou melhor, começado – eu sentia muito a falta do meu grande namorado – Harry Styles – nós namorávamos a um bom tempo – mais ou menos um ano e meio – ele era um garoto muito ocupado, e não sobrava se quer um tempo para uma visita em meu apartamento. Nos conhecemos em um sábado ensolarado, em uma livraria, com o meu livro em suas mãos - Harry era a única pessoa que soube dos meus livros – eu usava apenas o meu sobrenome, e nunca quis me identificar – (ele amava o “Você me trás as borboletas?” , era um livro lindo, e doce, que contava a história de duas crianças com 10 a 11 anos, que sonhavam com um mundo melhor, com um casamento, e  as promessas das borboletas em suas vidas – um significado para nós dois -, porém, a história no principio era linda, e encantadora, passaram-se anos, e aquele belo casal, surpreendeu os leitores quando o garoto, desisti de seu amor – deixando a garota - saindo pelo mundo afora) – só lendo para saber...
  Eu morava em um pequeno apartamento, em uma cidade praticamente desconhecida. Me mudei para lá a um mês, era difícil me identificar com tudo novo em minha vida. Nasci na Itália; meus pais haviam morrido logo quando eu nasci - em um acidente de carro - depois do ocorrido, saí de minha casa com poucos dias de vida - a mesma ficando como uma “fortuna” – fui criada por um casal que eram grandes amigos de meus pais – eles haviam morrido quando eu acabara de completar 10 anos, ou algo assim - mas o rumo da minha vida me trouxe para Londres, onde encontrei o amor da minha vida, e uma carreira a ser seguida.
  - Ó meudeus! Eu preciso começar esse livro – disse com a voz alta, colocando as mãos em minha têmpora – ela estava doendo, com um peso, como se eu estivesse batido a minha cabeça em alguma coisa, e ficado atordoada.
  Lucy – a minha gata – me assustou quando em uma rapidez passou na portinhola para gatos. Ela devia estar passeando nas ruas da cidade, ou paquerando algum gato, que suportaria o seu mal humor de gata mimada. – Lucy venha cá minha pequena – eu a chamei, tirando os meus óculos de grau, colocando sobre a pequena mesa redonda, que  ficava no canto da sala, bem ao  lado da gigante janela de vidro que ia do chão ao teto – praticamente – eu o amava.  
  Ela deu um suspiro rápido, pulando em meu colo, se esfregando na minha blusa pedindo um carinho. Enquanto eu começava a digitar a minha história, uma batida na minha porta estava começando, ficando forte na segunda, e mais forte ainda na terceira – quem seria em plena madrugada ?
  Me levantei, e fui em direção a porta, colocando a mão na maçaneta fria me dando um calafrio; abri a mesma me surpreendendo com...
  - Oi – ele deu uma pausa e eu o interrompi – era o meu vizinho do apartamento de baixo. Ele era alto, de olhos verdes, boca pequena, nariz afinado, cabelos loiros e levantados. – O que foi ? A chuva te pegou não é mesmo ? – ele estava todo molhado, e eu prossegui : – Pois é, mas o seu apartamento é logo ali em baixo, então da licença que eu estou ... – eu olhei em seus olhos, quando ele me interrompeu.
  - Não ! Por favor, eu preciso de sua ajuda – James olhou em seu estado molhado, e deu um sorriso – Eu sei que você não me suporta por tudo, mas já passou, e eu preciso muito, que você me deixe tomar um banho aqui.
  - Ah claro, que não ! – eu fechei a porta em sua cara, e virei os calcanhares, quando desvirei, e olhei a sombra que estava de baixo da porta. Ele continuava ali – Ok – Eu disse.
  Voltei, e abri a porta para ele.
  - Tudo bem, você pode tomar banho, mas eu não tenho chuveiro, então... – dei uma pequena pausa, e levantei a minha sobrancelha delineada - tome cuidado com a minha banheira.
  Eu escancarei a porta para ele passar, e dei um passo para trás.
  - Obrigado – ele disse – Desculpe, mas é que o meu chuveiro quebrou, e...
  - Eu sei, cortaram a sua água, e a sua luz - dei de ombros, e um sorriso sarcástico.
  Ele sorriu – Ah claro, havia me esquecido que nesse edifício nada se passa despercebido.
  Pedi para ele esperar, e colocar a sua bolsa em cima do meu sofá preto, com estampas de flores rosas – era lindo – entrei em meu quarto, que cortava a sala no lado esquerdo, onde tinha a cozinha ao lado. Eram três cômodos muito aconchegantes para uma pessoa só.
  James tomou um banho até que rápido. Aproveitei e fechei o computador, e guardei as papeladas que falavam dos meus livros, e tudo mais – prevenir nunca é de mais – ele saiu do banheiro e o seu cheiro exalou no ar questão de segundos, de repente ele apareceu na abertura - que deveria ser uma porta, mas não passou de uma divisória de cômodos – da sala. Meudeus ele era perfeitamente lindo ! Me peguei elogiando o cara que eu não suportava olhar todos os dias de manhã – por favor não. Que babaca ! - ele interrompeu o meu blá-blá-blá interior, agradecendo pelo banho, e pegando as suas coisas que estavam em cima do sofá.
  - Ah tudo bem, é – dei uma pequena pausa, e terminei – de nada – sorri, e abri a porta. 
  Ele passou pela porta, se virou em minha direção, e levantou o dedo indicador e o médio, levando os dedos a cabeça, fazendo aquele sinal de “obrigada, eu sou badboy” ,dando um sorriso fofo, e desaparecendo enquanto descia as escadas.
  Passaram-se dois dias, e o meu livro ainda estava em desenvolvimento. Duas noites eu não pregava os olhos, pois tinha que terminar a maldita história – que se pareceria mais comigo, um romance chato, a distância, negro, e chato novamente – bufei com a merda de vidinha que eu levava. Já era de manhã. Arrastando os pés, e com uma cara de morta-viva, fui para a cozinha fazer algo para comer. Eu estava faminta, e com sono.
  Peguei o meu celular, liguei o despertador para tocar daqui duas horas, pois eu tinha que ir ao mercado, e depois pagar umas compras. Mergulhei na minha cama, me perdendo nos vários travesseiros que havia sobre ela.
  Dormi por duas horas em ponto, e fui direto tomar um banho. Estava frio, chovendo – como de costume – então, peguei uma roupa que não me fizesse passar frio, ou irritação. Vesti uma blusa básica, e uma jaqueta de veludo por cima; uma calça jeans vinho; um coturno; e finalizei com um lenço.
 Look
  - Ó meudeus ! – exclamei com os olhos brilhando, olhando em uma vitrine, com uma bolsa perfeita que me encantou – Ah não... Vou ter que levar ! – exclamei novamente.
  Sai do Shopping com umas 7 sacolas – sim, eu adorava fazer compras, principalmente quando o dia estava insuportável, e quando o seu namorado, lindo, não esta ao seu lado, enquanto seu namoro - que era escondido da sociedade - estava indo para o fundo do poço.
  Eu o queria ali, ao meu lado, mas pelo jeito, era mais difícil do que eu pensava.  
  Meu celular tocou – era Harry Styles – Alô ? Que saudades Hazza... – Eu disse.
  - Eu também estou com saudades, precisamos nos ver princesa – Harry disse.
  - Não me chame de princesa. Você sabe que eu estou brava com você.
  - Sim, eu sei. Eu também te amo sabia ? – ficamos horas conversando. Ele me contou sobre as turnês, os shows, e tudo mais. Contávamos tudo um para o outro, mas eu e ele sabíamos muito bem, que o nosso namoro estava indo de mal, para pior.
  Eu estava lá, sentada no chão ao lado da janela, vendo as gotas escorrendo, e a vidraça embaçada. A minha respiração se confundia com o silêncio daquela noite escura, era como se o mundo estivesse caindo sobre os meus pés, e eu observando de cima, vendo a minha vida se acabar, e as minhas lágrimas se escorrer em meu rosto e passar sobre o meu corpo.
  Alguém estava batendo na porta, não me importei quem seria, então pedi para entrar. Ele estava lá, segurando um buque de cravos, e uma caixa – de chocolate, obviamente.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Harry.
  Eu entrei sem excitar, e me deparei com ela, sentada, com olhos cheio de lágrimas – nada havia mudado, sua sala estava do mesmo jeito, com pequenas prateleiras de livros, quadros gigantes, e seu cheiro continuava ali – (garota) estava encostada, ao lado da gigantesca janela de vidro, ela estava coberta - no mínimo duas cobertas - suas lágrimas escorriam com uma rapidez, e os seus lábios tremiam – vê-la assim era como um castigo para mim.
  Segurando firme o seu buque – que deveria ser surpresa – fui em sua direção. Não disse nada, pois o tempo iria dizer o porquê de tudo aquilo.
  Fim da fala de Harry. Começo da fala da (garota).
  Ele me abraçou, e então eu desabei. Minhas lágrimas pesavam em meu rosto, e as suas, se misturavam com as minhas – ele se cobriu, colocou o lindo buque ao nosso lado, e nos deitamos de conchinha. Encostei o meu rosto na janela, e ficamos observando a chuva passar sobre nós, como um furacão.
  - Não é tão fácil assim Harry... – eu disse, sem me mover, continuando a olhar a tempestade que ocorria lá fora. Ele afastou os meus cabelos longos, e me deu um beijo doce como o mel, em minha nuca.
  - Eu estou aqui, está tudo bem, seja o que for, eu estou aqui – suas palavras soaram como um pedido de desculpas.
  Eu me virei, e o encarei. Seus olhos estavam fixados aos meus, seus dedos tocavam o meu rosto, e suas pernas me agarravam. Harry moveu seus lábios com um “eu te amo” – não chegou ser um sussurro. Nos beijamos, e ali adormeci sobre seu peito. Em torno de uma hora, e meia.
  - Você sabe que não está sendo fácil. Não adianta fingir. Este é o começo do meu maior medo – meus olhos se encheram de lágrimas, e as minhas forças de dizer que tudo estava acabando sumiu de minha boca. Seu beijo longo, me calou, e seu abraço, me guardou.
  Não existia frio. O calor de seus braços tomou conta da minha alma, e ali, três cobertas, sumiam, saiam de nós. Nossas roupas se amontoaram e se misturaram. Seus dedos dançaram sobre o meu corpo, da minha perna, até os meus seios. Seu corpo latejava, o seu suor o dominava, e o nosso calor estava intenso como a chuva daquela noite.
  Eu sentia tudo o que uma garota sentiria em sua primeira vez – ele me segurava com força, seu corpo fixado ao meu, era como uma obra quebrada, sendo montada novamente. Seu peito apertava os meus, a sua boca percorria a minha face, e todo o meu corpo. Seus olhos fechavam conforme tudo ocorria. Seu amor me atingia de uma forma, que não, eu não poderia perdê-lo.
  Fim  da fala da (garota). Começo da fala de Harry.
  Nunca havia sentido aquilo antes, meus olhos reviravam, meu corpo pedia o seu. Eu sentia borboletas em meu estômago, eu sentia a sua carne tocar na minha, sua boca beijava os meus lábios, e suas mãos dançavam sobre o meu corpo. Sua respiração confortava o meu desejo, e o meu amor estava prestes a explodir, o meu desejo aumentava cada vez que fazíamos amor.
  Estávamos ali, deitados no chão, com cobertas para todo lado, em uma noite escura, e encantadora. Seu corpo encontrava o meu. Ela deitou sobre meu peito, nos cobrindo, e nos confortando – sim eu estava cansado – tivemos um sono longo, e acordamos apenas 12h00 – não, não havia sol, muito menos um pouco de calor. Estava frio, e chovendo calmamente.
  Fim da fala de Harry. Começo da fala da (garota).
  Me levantei rapidamente, coloquei a sua camisa, e uma calcinha. Harry chegou por trás, me dando um beijo quente em meu pescoço. Sorri, e virei a minha cabeça para o lado, encostando-a nele. Ele estava com o queixo sobre a minha cabeça, me abraçando forte.
  - Eu não vou deixar que nada aconteça com a gente. Eu te amo muito, não quero perde-la, jamais. Minha pequena princesa – ele disse com as palavras lentas, que eu tanto amava em toda a minha vida.
  Tomamos um café, e ficamos assistindo filmes embaixo da coberta, comendo pipoca, e tomando chocolate quente. Eu comecei a dizer tudo que precisava – ok, tivemos uma noite maravilhosa, mas ele iria embora, iria fazer shows todos os dias, e conversaríamos apenas por telefone, por um mês, até mesmo mais.
  Me levantei e comecei a desabafar, sem deixar ele falar. Ele fez o mesmo, começou a dizer, que não era fácil pra ele, que eu nunca entenderia, e blá-blá-blá. Nós começamos a discutir a nossa relação.
  - Você não entende não é mesmo. Eu te amo, isso não basta ? – ele disse andando de um lado para o outro.
  - É isso ! Pra você apenas o amor basta, mas o que adianta você trazer uma caixa de chocolate, e um buque de flores ? Não é simples assim, nada na vida é simples. Eu posso não te entender, mas nós dois sabemos muito bem, que a nossa relação está uma merda ! – eu estava nervosa, e então percebi que disse coisas que nem devia. Ele olhou em meus olhos apenas. – Eu não aguento mais. Pessoas dizem adeus. Não era você que me prometeu borboletas como no livro ? E essa tatuagem ? – eu tinha a metade de uma borboleta em um antebraço, e a outra metade no outro; Harry tinha a mesma na barriga. Ela significava o nosso amor – Nessa merda de livro, a garota não recebeu de seu amor as borboletas – eu pausei, e disse : - Pessoas dizem adeus.
  A chuva havia ficado mais pesada, e mais forte, então peguei o meu casaco, e sai do apartamento com lágrimas escorrendo. Desci as escadas em uma rapidez, porém, percebi que James – o cara que morava no apartamento em baixo do meu -, estava com a porta aberta, e me viu descendo desesperada. Eu ignorei, e desci mais rápido que antes. Quando estava prestes a atravessar á calçada, ele me puxou contra seu rosto.
  - Me solta James, me deixa – eu disse enxugando as lágrimas que escorriam e misturavam com a chuva que caia sobre nós dois.
  - Você está sofrendo, me deixa ajuda-la ?!
  - O que adianta você me ajudar ? Lembra quando você me prometeu as borboletas ? Então, me fizeram novamente essa promessa, só que pelo jeito, eu preciso sofrer para aprender que elas não existem, e nunca existiram – James, era o garoto do livro, que adorava as borboletas, e eu a garota. Aquele livro foi escrito por mim, mas não era invenção, era a minha história. Ele era o filho da família que me criou, ele foi o meu primeiro amor, e a minha primeira decepção. E essa bosta de destino me trouxe no mesmo prédio que ele sempre morou. – Agora me deixa, eu não preciso de você, nunca precisei !
  Eu saí, e ele foi atrás. Eu o ignorei, e continuei andando sobre aquele chão molhado. Já estava molhada dos pés a cabeça. Eu estava sofrendo, de mais. E a pior pessoa que poderia estar ali, estava – ele me puxou novamente.
  - Vai conversar com ele. Não faça  como eu, não corra. E quem disse pra você que as borboletas não existem ? Olha em seu próprio corpo, elas estão em você, só que ninguém as vê, muito menos quem duvida. Vem – ele tirou seu casaco, colocou sobre a minha cabeça, e me abraçou. Meu coração estava se repartindo, estava ardendo.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Harry.
  Parado com o coração na mão, eu a esperava. De repente, a porta se abriu – eu estava de costas, esperando o seu abraço.
  Fim da fala de Harry. Começo da fala da (garota).
  - Me desculpe. Toma aqui – eu dei a continuação do livro “Você me trás as borboletas?” – Lê. Vou deixar a chave para você fora da minha porta. Eu te amo – ele se virou, pegou as folhas, e me puxou pelo pulso. Ele acariciava o seu rosto no meu, e encostava a sua boca na minha – Pessoas dizem adeus Harry. Mas eu prefiro dizer até logo.
  - Eu também prefiro. Eu te amo – nos beijamos. E ele pegou as suas coisas e saiu.
  Eu estava bem, como nunca. Eu saberia que ele estava ao meu lado, e saberia que o seu amor trouxe as borboletas até mim. As borboletas nos rodeavam. Eu nunca as vi, mas sempre senti.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Harry.
 Cheguei em meu apartamento e fui direto ler a continuação do livro da minha princesa - “Ela era apenas uma garota, com 10 anos. Aquilo tudo era amor de um irmão que nunca teve. Mas o garoto dos seus sonhos, o a encontrou em uma livraria, com o seu livro em suas mãos ... Era ele que trouxe as borboletas até ela, era ele que completou a sua vida, sempre foi ele [...]”