quinta-feira, 30 de maio de 2013

2- Imagine com Harry Styles.


  Fala da (garota).
  Estava tarde. A lua brilhava como um diamante, e as ruas vazias, sem nenhuma movimentação.  Decidi passar em uma loja de café - que apesar, não sei o nome -  para comprar algo, pois estava morrendo de fome. Não que eu goste de café, mas na mesma, tinha vários Cupcakes maravilhosos. Havia  uma big livraria bem ao lado.  Na frente, varias mesas se alistavam abaixo de duas árvores  de lavandas - não era à toa que aquele lugar me agradava tanto  -  Comprei dois Cupcakes, um chocolate quente,  e passei na livraria para comprar um livro que estava louca para ler. Sentei-me na cadeira, e coloquei as coisas sobre a mesa. Aquele lugar era incrivelmente lindo, só ali eu me sentia melhor, nada como encontrar alguém para bater um papo, já que a minha vida estava algo, digamos, uma merda !
  Do outro lado da rua, observei um casal lindo, o amor fluía entre todos que passaria por perto. Eram perfeitos, e que por um momento, me peguei com inveja, de ter pelo menos alguém ao meu lado. Ela estava encostada em um poste, e o rapaz, segurando em sua cintura; estavam vestindo roupas muito parecidas. Observando-os dei uma bocada no meu Cupcake e uma golada em meu chocolate, estavam divinos; abri a minha bolsa, havia 8 ligações perdidas do meu ex-namorado. John, não me deixava em paz, desde que decidi romper com o nosso relacionamento – por isso minha vida estava uma merda  - ele não entendia que não havia mas jeito. Jo, era lindo, loiro de olhos azuis, com 1,79 e fofo. Porem pegajoso e ciumento.  Acostumada com a perseguição dele, nem liguei, continuei comendo, e observando a rua.
  O casal que estava na calçada do outro lado, foi embora. Cruzei as pernas, inquieta, tentando achar algo para me ocupar – como um casal parecido com o outro ? - não, eu precisava ir embora, ensaiar para a peça de amanhã, e dormir, como sempre.  De repente, me ocupei. Fiquei boquiaberta com a beleza de um jovem que entrou na cafeteria. OMG ele era lindo, cabelos cacheados, olhos claros, 1,75, por aí;  e um sorriso, ai meu Deus, de tirar fôlego de qualquer garota.  Sim, eu precisava ir embora, a hora passou voando, não comi um pedaço do segundo Cupcake, e o primeiro, faltava bastante para terminar. Tinha se passado 2 horas, olhei no meu relógio marrom, pequeno, que mal dava para perceber com a minha blusa  de tricô, que o tampava.
Look cafeteria
   Já era 23:04, e a loja de café fechava, não sei que horas, mas não devia faltar muito.
   - Sim senhor Harry – Disse a mulher que ficava no balcão, que no momento estava atendendo o garoto lindo que passou ao meu lado.
  Não ouvi muito a sua voz, era baixa, e rouca, porém, perfeita – perfeita no pé do meu ouvido, claro – Quando, pela minha surpresa, ele se virou diretamente para mim, pegou a sacola, e caminhou em minha direção – não, ele não iria se sentar na mesa em que eu estava, iria entrar em seu carro que estava parado em frente a livraria, e ir embora  - Pânico, sim eu entrei em  pânico.
  - Posso se sentar aqui ? Disse Harry – se esse fosse o nome dele mesmo.
  - Ah ... Claro ! - Me embolei nas palavras. Com certeza meu rosto estava vermelho, e com uma cara de idiota.
  Ele puxou a cadeira, sentou-se, colocou as coisas que comprou em cima da mesa e começou a falar, não sei o que, pois estava muito ocupada em suas covinhas e seus olhos fixados em direção aos meus. Lindo ? Não, ele era perfeito.  Quando comecei a prestar atenção no que estava falando, John me ligou – não tinha hora melhor para aquele imbecil me ligar ?
  - Ah não – Resmunguei.
  - O que foi ? ex namorado ? – Harry, acertou em cheio.
  - Sim. Mas não vou atender, ele me enche o saco o dia inteiro, porém... – mas Jo, era, e sempre será o meu primeiro  namorado, o primeiro garoto em que minhas emoções começaram a fluir, o primeiro que morei junto, o primeiro que me deu o mundo. Quando me mudei para Londres, John foi um fofo, me ajudou, e depois com um tempo começamos a namorar. Era tudo lindo, ate que, ele começou a usar esses tipos de coisas que não fazem bem para ninguém, drogas. Seus amigos eram babacas, imbecis, mas John, tinha perdido seus pais em um acidente, e “ revoltado “ entrou nessa vida .  
  - Porém ? - Harry disse.
  - Nada. Não precisamos ficar falando de ex namorado. Precisamos ? – Eu perguntei.
  - Temos que levar as mesas para dentro, poderiam dar licença por favor ? – Um homem alto, até que bonitinho nos interrompeu, pois iriam fechar a cafeteria.
  - Sim, podem – Harry retrucou.
  Eu dei um sorrisinho, levantei, peguei minhas coisas, e Harry fez o mesmo. Seguimos pela esquerda, e começamos a conversar.
  - Mora aqui perto ? – Ele perguntou.
  - Não, na verdade. Sim. Faz um mês que aluguei uma casa aqui no centro, morava mais longe. Estou aqui em Londres há 3 meses, como te disse, tenho que me acostumar ainda. Então, mal sei onde moro ...
  Ele fez um “ ah, entendi “ com a cabeça. Era gentil, fofo, lindo, e me fez uma grande companhia naquela noite. Estava precisando me descontrair, e me veio em uma boa hora.  Continuamos a caminhar e de repente a minha bolsa escorregou pelo meu ombro direito, e caiu no chão. Eu e Harry agachamos juntos, e aquela cena de filme aconteceu. Aquele momento em que senti o seu calor em meu corpo. Ele tocou na minha mão, olhou em meus olhos, pegou a minha bolsa e me ergueu com o auxilio de nossas mãos. Depois, vendo-o de tão perto, percebi que ele tinha varias, ou melhor, muitas tatuagens, e em seu peito, observei dois pássaros, lindos, desenhos encantadores. E isso me fez ficar vidrada, querendo saber, se havia mais de baixo daquela camisa preta, e também, de baixo daquela calça jeans, que era do mesmo tom.
  - Harry, preciso ir embora – Eu disse.
  - Ok, te levo para casa.
  - Não quero incomoda-lo – É claro que eu queria puxar ele, e falar “ claro com certeza, não me leva para a minha casa, leve para a sua, seu lindo”.
  - Não vai. Vou te levar mesmo se incomodasse – Ele disse, todo gentil, e ao mesmo tempo com cara de safado; que era o que mais tinha naquele sorriso estampado, malicioso, mas encantador.
  Voltamos todo caminho andado, pois o carro dele estava na frente da big livraria; ele foi falando de sua família, falou o quanto sente falta deles, e também, que estava em uma boyband chamada One Direction; as peças me ocupavam tanto, que não teria tempo para entrar na mídia, nas famas, que ocorriam no mundo. Conversamos tanto, que nem percebemos que passamos direto do carro, e só duas calçadas depois, notamos que o carro estava atrás, não á frente. Rimos com a tolice que havia acabo de acontecer.
  Ele abriu a porta do carro, agradeci com um sorriso, e ele devolveu com outro. Seu carro era lindo, uma E-Type Jaguar vermelha, que com certeza custava uma fortuna. Não sou fã de carros, mas aquele com certeza era lindo, sempre achei legais carros assim, do tipo antigo, mas elegante. No caminho, devoramos os Cupcakes que ele comprou, e conversamos à beça; o tempo foi passando, e enfim, chegamos em casa; enrolando, consegui descrever onde eu morava. Olhei para ele, sem saber dizer, um tchau, ou algo assim – ok, isso era estranho, mas parecia que algo estava rolando. Ele não sabia o que dizer, eu também não.
  - Então. Obrigada – minha vontade era não sair daquele carro, e continuar conversando, gargalhando; mas com ele – Obrigada pela carona, e pela a companhia. Estava precisando.
  Sem pensar, abri a porta do carro, saí, fechei a mesma, fui ate a porta da minha casa e acenei com a mão. Ele devolveu com um tchau, e disse ate mais. Entrei em casa, e fui recebida, pelos meus dois Bulldogs, e pelos meus dois gatos. Minha casa estava uma baderna, mas não tinha tempo para pensar em nada, a não ser dessa grande noite com o lindo garoto Harry que encontrei por acaso em uma cafeteria em Londres. Encostei na porta, e suspirei.
  - Isso me fez bem – Disse para eu mesma.
  Subi as escadas, em um ânimo, que não sei de onde tirei. Fui direto ao banheiro, e joguei a água em meu rosto. Comecei encher a banheira, derramei perfumes de lavandas, e comecei a tirar a roupa. Tirei o meu Coturno Orcade preto, minha calça jeans de couro, e minha blusa de tricô. Meu celular começou a tocar, quando abri minha bolsa, e encontrei um bilhete dentro do bolso – “ adorei te conhecer.  Me ligue : 72474298 “.
Fim da fala da (garota). Começo da fala de Harry.
  Cheguei no meu apartamento, estava escuro, não conseguia ver nada; simplesmente a lua brilhando, refletindo na janela que ficava do outro lado da sala. Fechei a porta, e subi as escadas, e fui direto para o meu quarto; não acendi nenhuma luz, precisava pensar na garota que teria acabado de conhecer. Ela era linda, loira, cabelos longos, com cachos que caiam sobre seus seios, e terminavam perto de sua cintura. Seus olhos e sua boca, me chamavam para um beijo – mas eu não era esse Harry, um garoto que não beijaria a mesma, quando me interessaria por ela. Eu fiquei sem palavras, mas por que ? Não havia explicações, eu devo estar com sono, e necessito dormir. Peguei no sono questão de segundos, estava muito cansado. Já era 7:30 da manhã, tomei meu banho,  vesti minha roupa, coloquei meu All Star branco, e peguei meu celular. O cheiro de lavanda estava no ar - aquela garota cheirava lavanda, e isso era maravilhoso – ela não saia da minha cabeça. Pensava de como a mesma, me olhava; e seu cheiro, ai meu Deus, continuava em mim.
  Fim da fala de Harry. Começo da fala da (garota).
  Era 8:00, tinha acabado de acordar, e seu cheiro continuava em mim – cheiro de Cupcake ? O garoto cheirava Cupcake, e isso era maravilhoso – ele não saia da minha cabeça. Desci as escadas em um só pulo, estava faminta, Joseph, Danny, Megan, e Megui, já tinham acordados (famintos por sinal); coloquei a ração em cada pote; comecei a esquentar meu leite e liguei a torradeira.
  - Vamos (garota) !! Não podemos nos atrasar – minha melhor amiga Mary, que fazia teatro comigo, estava me apressando.
  - Ok, já estou indo – eu disse.
  A hora passou voando, sai em um pé, e voltei no outro. Como de costume passei na cafeteria, á procura de alguém, hum digamos, chamado Harry. Sim o menino lindo de ontem a noite, eu não podia pensar assim, mas ele era de mais, era de mais para uma garota, que estava carente, e com um ex namorado chato, a ponto de dar um pé nele, logo de uma vez. Não o encontrei, como eu imaginava; não sabia se ligava para ele ou se, sei lá, esperasse ele se esbarrar comigo em algum lugar na Cidade super pequena de Londres. Não havia  como encontrar ele, há não ser eu ir atrás, mas eu não queria problemas para a minha cabeça, mas eu estava apaixonada, e não poderia negar.
  Passaram-se dez dias. Voltei do trabalho, e fui direto para a casa; peguei aquele maldito papel que Harry tinha me dado no domingo, da semana passada. Sentei-me na minha poltrona cor pastel (ela era bem desenhada, com uma textura aveludada, e feminina); peguei uma xícara de chá, e coloquei os meus pés sobre a mesa de centro da Sala de Estar. Segurei meu celular e olhei para o papel em minha mão.
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Harry.
  Passaram-se dez dias, para mim, uma eternidade, (garota) não me ligou – será que ela não viu o meu telefone, que eu havia deixado em sua bolsa ? Ou ela não gostou de mim ? Não adiantava eu ficar fazendo perguntas, eu devia ir atrás dela, falar tudo o que eu estava sentindo. Mas não, eu não fui ... Por idiotice ? Talvez, não sei. Só quero envolve-la em meus braços, abraça-la, e dizer que o seu cheiro ainda está em meu corpo, em meu apartamento, e que eu tenho medo de lavar a roupa daquela noite e vir um cheiro desagradável, como era antes de conhecê-la.
  Meu celular tocou.
  Fim da fala de Harry. Começo da fala da (garota).
  - Alô ? - Disse ele, com uma voz de sono, e ao mesmo tempo de ansiedade.
  Meu coração disparou, como se ele fosse sair pela boca; e eu travei. Não conseguia falar, então...
  - Sou eu ... (garota) – quase tive um enfarto.  Sua voz paralisou.  Harry ficou ofegante, como se eu pudesse ouvir a batida de seu coração, e soubesse que ele sentia o mesmo do que eu.
  Fim da fala da (garota). Começa da fala de Harry.
  Meu Deus, era ela. A garota linda, de cabelos lindos, de olhos lindos, que me encantou a dez dias atrás. Sim ! Ela me ligou. E eu não sabia o que fazer, como ela...
  - Não fala nada ! Eu sei que você deve estar pensando algo como “ essa menina é louca? Depois de não sei quantos dias, me liga para não sei o que... “ . Não, eu não sou louca, apenas, quero, ahn... – Ela disse sem hesitar. Mas depois, parou, sem saber se continuava ou não.
  - Você quer me ver ? Como eu também quero ? – eu disse com medo de sua resposta. – Não consegui deixar de sentir o seu cheiro de lavanda – escutei um suspiro saindo de sua boca e atravessando em meus ouvidos, e me fazendo arrepiar – Precisamos nos encontrar, agora. Por favor, não me faça esperar, esses dez dias... Eu estou apaixonado, apaixonado por uma garota que só vi uma vez na vida, mas que ... – Droga ! Travei.
  Fim da fala de Harry. Começo da fala da (garota).
  Ele me correspondeu. Fiquei sem saber o que fazer, simplesmente senti aquela coisa de, borboletas no estomago. Ah tempos não sentia isso, e era uma sensação ótima, com vontade de vomitar arco-íris.
  - Eu... Eu não sei o que dizer, precisamos nos encontrar então na Av. Brooklin, na Praça de Cousmen. Eu ... Tchau, ate daqui a pouco – desliguei o celular, peguei a minha bolsa que estava em cima do sofá, joguei o mesmo dentro dela, peguei as chaves, fechei a porta, e fui correndo em direção ao meu carro.
  Ele estava lindo. Jaqueta de couro, que o deixava mais lindo que naturalmente – pera aí, mais lindo ? Impossível ! Desliguei o carro, abri a porta, contei até 3, e desci. Cabeça baixa, mordendo os lábios; ele estava lá, a minha espera, andando de um lado para o outro. A praça era perfeita para um reencontro, e o que não poderia faltar, e que não faltavam. Lavandas. Varias arvores de lavandas rodeavam e dançavam em volta de nós dois.
  Harry me abraçou. Tão forte, que senti seus ossos, ou, os meus, estralarem. O seu cheiro de Cupcake, (que senti uma falta tremenda) voltou em minhas narinas.
  - Seu abraço me faz bem – Eu disse.
  - O seu também – Ele afastou a minha cabeça de seu ombro esquerdo, olhou em meus olhos, e me tascou um beijo.
  Meu Deus, que beijo. O beijo mais maravilhoso; nossos corpos se misturavam, e as arvores entravam em harmonia com a nossa paixão. Nossas mãos se entrelaçaram, e o beijo parou quando ele “ esfregou “ o seu nariz no meu, levantou um pouco o queixo, e me deu um beijo na testa.
  E foi ali. Naquele lugar, e naquele dia ...
  Fim da fala da (garota). Começo da fala de Harry.
  Que tudo começou ... 

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